A Unipension, uma das maiores
gestoras previdenciárias da Dinamarca, deve fechar após perder dois de seus
três principais clientes e fundadores.
Cristina Lage, CEO do grupo (US$17 bilhões em AuM), pediu demissão após
o ocorrido. Em nota, os presidentes dos fundos que se retiraram da iniciativa informaram
que o rompimento foi consequência de uma divergência entre os gestores sênior
da empresa.
Os fundos setoriais
para arquitetos (Arkitekternes
Pensionskasse) e cirurgiões veterinários (PJD) decidiram deixar a Unipension - criada por eles mesmos em
2008 - após desentendimentos sobre reduções nos custos e os rumos da parceria.
Os dois fundos levarão
consigo US$ 2,9 bilhões em ativos e 18 mil participantes. A Sampension será a gestora de ativos e
administradora de benefícios substituta da Unipension
quando a mesma for fechada no final de 2016.
Com a decisão, o fundos
de pensão dos acadêmicos do setor público, o MP Pension, passará a ser o único cliente da atual Unipension. O fundo é de longe o maior
dos três, como aproximadamente US$ 14 bilhões sob gestão.
Cada um dos três fundos
possuía 33% de participação na Unipension
e compartilhavam os custos da gestora, o que significa que os fundos PJD e Arkitekternes acabavam subsidiando o MP Pension.
Além disso, houve
divergências acerca da estruturação de um arranjo de corretagem que, segundo os
fundos, geraria receita e reduziria custos. A Unipension foi fundada em 2008 na esperança de congregar os fundos
mas, ao invés disso, dizem os CEOs das entidades, a iniciativa contribuiu para
que o trio se afastasse.
A demissão da
presidente Cristina Lage foi descrita como um skilsmisse (divórcio) e o
atual CIO da gestora, Jens Munch Holst foi encarregado de conduzir o processo de
cisão.
Tina Moses, presidente
do MP Pension, argumentou que os
recursos que permanecem na gestora são suficientes para que suas operações
sejam mantidas de forma independente. Ela admite que em curto prazo os custos
devem aumentar, mas que o MP Pension
continuará trabalhando para reduzir despesas e implementar “iniciativas
estratégicas para desenvolvimento futuro”.
Chief Investment Officer