O Chief Executive Officer/Vice-presidente da asset manager Africa Investor,
Hubert Danso, manifestou a necessidade para que a Nigéria e demais países
africanos liberem o alto volume de recursos de seus fundos de pensão para que
sejam investidos em infraestrutura no continente. O executivo também recomendou
a suspensão de restrições e regulações que desencorajam as empresas nacionais a
estrangeiras a investir em infraestrutura.
De acordo com Danso, serão
necessários US$ 100 bilhões anuais ao longo dos próximos dez anos para cobrir
os déficits de infraestrutura na África. Na Nigéria, o montante necessário é de
US$ 10 bilhões ao ano. “Os recursos dos fundos de pensão são primordiais para
dar o suporte a essa classe de ativo de longo prazo. Somente na Nigéria há
US$25 bilhões em ativos previdenciários disponíveis.”
“Entretanto”, salientou o
especialista, “eu ouvi um representante do governo nigeriano afirmar que desses
US$ 25 bilhões, sequer um milhão podem ser investidos em infraestrutura.”
Sobre a conferência
organizada por sua empresa esta semana, em Abuja, capital da Nigéria, Danso
afirma que a ideia é reunir fundos de pensão africanos e fundos soberanos a fim
de convence-los a investir em infraestrutura no longo prazo. “Queremos deixar
claro que buscaremos a formulação de políticas que os permitam investir em infraestrutura,
e que trabalharemos em conjunto para que os investimentos em IE assumam uma
porcentagem maior das carteiras.”
“O problema é que alguns desses
fundos não têm um ambiente regulatório para investir no segmento nem previsão
para esse tipo de alocação em suas politicas de investimento, ou até mesmo parceiros
com os quais poderiam investir.”
Por fim, Danso lembrou que
os investimentos em infraestrutura têm a capacidade de estimular a
produtividade e a competitividade. As áreas que mais oferecem oportunidades no
continente africano são as de transporte e energia. “Em primeiro lugar vem o
setor energético. Na dá para ter uma produção eficiente se o fornecimento de
energia é instável e irregular. Em segundo lugar vêm os transportes: ferrovias,
portos, tudo aquilo que pode facilitar o comércio e facilitar o escoamento de
recursos.”
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