O
status de fundeamento e o nível das pensões nos Estados Unidos caminham para a
direção errada. Apesar do mercado de ações crescente, um estudo do grupo BNY
Mellon sinaliza que o nível de fundeamento das pensões corporativas americanas
caiu para 90,1%. Por outro lado, os planos públicos, fundações e fundos de
dotação tiveram resultados positivos em agosto. O principal fator em questão
parece ser as taxas de juros incrivelmente baixas, que impedem os fundos de
pensão de atingir suas metas.
Taxas
de juros decrescentes levaram ao aumento dos passivos e diminuição dos níveis
de fundeamento dos planos corporativos tradicionais em agosto. Ao mesmo tempo, o
valor crescente dos ativos beneficiou os planos públicos, fundações e fundos de
dotação.
O
nível de fundeamento do planos corporativo tradicional caiu para 90,1% em
agosto e os passivos cresceram 3,3%, superando a média de retorno dos ativos,
que foi de 2,6%. Em dezembro de 2013, o nível de fundeamento era de 95,2%. O
maior volume de passivos é resultado da taxa de desconto utilizada, baseada em
títulos corporativos AA, que caiu para 4,11% no último mês. Os planos BD
públicos superaram a meta em 1,3% à medida em que os ativos aumentaram 1,9%. Em
relação ao ano passado, os planos públicos já superaram a meta em 7,6%.
Andrew
D. Wozniak, chefe de soluções fiduciária da ISSG, explicou:
“Os
investidores parecem estar divididos entre as preocupações com as tensões
geopolíticas e o otimismo com a economia dos EUA. As preocupações geopolíticas
resultaram em maior interesse no crédito corporativo e títulos públicos de
longo prazo, fazendo cair as taxas de juros. Já o otimismo acerca da economia
ajudou a aumentar os retornos das ações e outros papéis de maior risco.”
A
ameaça das baixas taxas de juros sobre os fundos de pensão não é novidade. O
movimento já havia prejudicado as companhias seguradoras em diversas ocasiões.
Entretanto, muitos esperavam que as taxas se recuperariam, o que não deve
acontecer até 2015.
24/7Wall St