No
primeiro trimestre deste ano, a Superintendencia
de Pensiones (Supen) da Costa Rica fará a primeira avaliação financeira dos
fundos de pensão do país.
No primeiro semestre, a classificação
atribuída às Operadoras de Pensiones Complementarias
(OPC) será apenas um teste, tendo sua versão definitiva somente no segundo
semestre.
A
metodologia foi aprovada pelo Consejo
Nacional de Supervisión del Sistema Financiero (Conassif) após a realização
de mudanças nas regras de classificação da situação financeira dos fundos de
pensão publicadas em 19 de janeiro no Diário Oficial.
A
primeira qualificação financeira feita pela Supen será baseada em dados
financeiros fornecidos pelas OPC relativos a 2015.
O
objetivo é evitar que os fundos entrem abruptamente em situação de
irregularidade, colocando os recursos dos participantes em risco. Dessa
maneira, a Supen poderá evitar, de antemão, qualquer tendência de deterioração
progressiva.
No entanto, os resultados da
avaliação serão secretos, ficando disponíveis apenas ao órgão de fiscalização, ao
fundo de pensão e à Conassif. A classificação não poderá ser divulgada ao público
em geral, participantes, ou utilizada para fins publicitários.
Luis
Carlos Delgado, presidente da Conassif, disse ao jornal La Nación que a ideia não é ocultar informações dos participantes, mas
respeitar a legislação que rege o regime de Previdência Complementar do país.
“Tornar
pública a qualificação significa desrespeitar a lei, uma vez que poderíamos gerar
mal-entendidos ou confusão entre os participantes ao fornecer-lhes informações
parciais. O objetivo aqui é somente auxiliar o processo de supervisão”, afirma
Delgado.
Danilo
Ugalde, diretor-executivo da Associação dos Operadores de Pensões da Costa Rica
(ACOP), explicou que a avaliação busca qualificar a gestão dos fundos de
pensão.
Por
meio dos resultados, a Supen pretende avaliar os riscos de liquidez, investimentos,
taxas de juros, rentabilidade e solvência, bem como os objetivos estratégicos
de cada fundo.
A
classificação consiste num sistema de pontos que varia de 0 a 100. Se o
intervalo for de 0 a 75 pontos, considera-se que a OPC tem um risco operacional
elevado; entre 75 a 85 pontos, o nível de risco é tido como relevante; entre 85
e 90 pontos, moderado; e se for superior a 90 pontos, a OPC é considerada de
baixo risco.
O
presidente da Conassif explicou que dependendo da pontuação obtida a Supen
poderá determinar ações corretivas ou até mesmo uma intervenção em casos
extremos.
“É
importante salientar que a classificação de risco tem caráter preventivo, ou
seja, não se trata de riscos já concretizados. Nossa proposta é evitar a
materialização desses riscos”, pondera Delgado.
El Economista