Os fundos
de pensão da Bélgica pediram que o governo se retire da iniciativa que visa
instituir o Imposto de Transações Financeiras da União Europeia (FTT) sob a
alegação de que o tributo poderia “devastar” a indústria.
Por meio
de um comunicado “forte” divulgado em 25 de novembro, a Associação de Fundos de
Pensão Belga (PensioPlus) afirmou que
o país deixará de ser uma importante jurisdição para os fundos de pensão do
continente caso opte pela adoção do FTT, já que nações vizinhas - e
concorrentes - como Luxemburgo e Holanda não o farão.
De
acordo com a PensioPlus, o imposto
aumentaria consideravelmente os custos dos fundos de pensão. A expectativa é
que as empresas belgas tenham que pagar cerca de 20 milhões de euros (US$ 21,25
milhões) anualmente como resultado direto do FTT. No entanto, a previsão é que
os custos indiretos sejam três a quatro vezes maiores.
Além disso,
alega a associação, os participantes de fundos de pensão seriam prejudicados,
já que algo entre cinco e 24 meses de contribuição acabariam “perdidos” em
função do FTT.
Segundo
a proposta de diretiva do FTT, elaborada pela Comissão Europeia em 2011, o
imposto seria aplicável a todas as transações financeiras, com a compra de ações
e títulos tributada em 0,1% e contratos de derivativos em 0,01%.
Contudo,
os Estados-membros têm tido dificuldade para chegar a um consenso sobre os
detalhes técnicos da proposta. Dos onze países que inicialmente se comprometeram
a adotar o FTT no âmbito do dispositivo legal de Cooperação Reforçada, que
requer o apoio de no mínimo nove países, sobraram apenas dez após a Estônia
decidir se retirar das negociações.
A Bélgica tem hesitado frente a determinados
aspectos da proposta e a participação de Eslováquia e Eslovênia vem sendo posta
em dúvida.
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