Dois dos maiores fundos de pensão britânicos anunciam que pretendem investir todos os seus ativos de forma conjunta com o objetivo de reduzir o pagamento de taxas
Em março de 2013, os ativos do London Pension Fund Authority (LPFA) e do Lancashire County Pension Fund correspondiam, respectivamente, a £5,2 bilhões e £5,01 bilhões, tornando-os o sexto e sétimo maiores fundos de pensão da Inglaterra e País de Gales.
Em março de 2013, os ativos do London Pension Fund Authority (LPFA) e do Lancashire County Pension Fund correspondiam, respectivamente, a £5,2 bilhões e £5,01 bilhões, tornando-os o sexto e sétimo maiores fundos de pensão da Inglaterra e País de Gales.
Segundo as entidades, elas manterão personalidades jurídicas segregadas, devendo prestar contas aos governos locais, mas buscarão maiores retornos e taxas mais baixas via um maior poder de compra conjunto.
A parceria tem como propósito extrapolar a esfera dos investimentos, podendo “vir a cobrir todas as áreas de atividade dos fundos”, informaram recentemente seus gestores, por escrito.
Susan Martin, CEO do LPFA, e George Graham, tesoureiro adjunto do Lancashire CC, disseram esperar que outros fundos demonstrem interesse em fazer parte da parceria, que passará a valer a partir de 2015.
Além de administrar seu próprio fundo, a entidade londrina terceiriza serviços para outros oito fundos de governos locais da Inglaterra, os chamados Local Government Pension Funds (LGPS).
Os dois fundos pretendem criar um pool de ativos administrado e investido conjuntamente, o qual será fiscalizado por uma autoridade criada para esse fim e registrada junto à Financial Conduct Authority. “A iniciativa trará escala aos investimentos, além de garantir o emprego de padrões de governança de alto nível por parte do veículo registrado”, afirmou, em nota, o fundo londrino.
O veículo conjunto será administrado seguindo a estratégia de ALM do LPFA.
Em declaração exclusiva ao Local Government Chronicle, Martin disse que a estratégia de ALM prioriza fortemente os investimentos voltados para a cobertura do passivo - em detrimento do enfoque exclusivo no crescimento dos ativos, bem como a abordagem de “compra e detenção” de ações ao invés da venda dos papéis ao sinal de mudanças nos preços.
A abordagem também inclui investimentos em ativos ilíquidos como infraestrutura, conforme recomendou o governo britânico aos fundos de pensão locais.
O anúncio da nova empreitada foi feito após o governo ter divulgado que pretende adiar as reformas dos LGPS até o ano que vem, as quais podem incluir a obrigatoriedade pelos investimentos coletivos e pelo gerenciamento passivo de ativos com vistas à economia de recursos.
Jennifer Mein, líder do Lancashire CC, deixou clara a sua objeção às intenções do governo. “Frente ao desafio de amparar financeiramente uma população em processo de envelhecimento, o governo deveria fazer uso de boas práticas adotadas por alguns fundos, como o nosso, que buscam elevar a performance dos LGPS ao invés de focar exclusivamente a obtenção de retornos medianos.”
Edi Truell, presidente do fundo londrino, afirmou: “Estamos muito felizes em desenvolver essa parceria e acreditamos que, com uma piscina maior de ativos, ambos os fundos de pensão ganharão acesso a um leque maior de investimentos. É particularmente importante competir por investimentos ilíquidos de qualidade com outros fundos soberanos e de pensão internacionais de grande porte. Acreditamos piamente que as parcerias de ALM de larga escala são a melhor maneira de lidar com os desafios impostos aos fundos de pensão do Reino Unido.”
Local Government Chronicle