Representantes
da sociedade civil apelaram ao governo federal para que se investigue a gestão
dos fundos de pensão da Nigéria. O pedido foi motivado por suspeitas envolvendo
pensionistas fantasmas e práticas de corrupção na nova gestão do Pension Transitional Arrangement Department
(PTAD), agência criada em 2013 para administrar um plano BD para servidores
públicos.
O grupo, que faz parte do Movement for Transparency and Corruption
Watch Nigeria (MTCWN), acusou a nova administração da PTAD de inflar a
folha de pagamento, que passou a comportar 1700 pensionistas ao invés de 900.
O coordenador nacional do movimento,
Adah Samuel Inyada, afirmou, durante coletiva de imprensa em Abuja, que a
diferença no número de pensionistas é suspeita e que poderia haver casos de beneficiários
fantasmas.
Segundo ele, “o governo federal deve
investigar a situação de cada pensionista porque quando o ex-diretor Nellie
Mayshack estava no comando, havia 900 beneficiários, mas hoje constam nos
registros 1700 pessoas”.
O grupo também acusa o órgão
responsável pela contabilidade do país - o Office
of the Accountant General of the Federation - de barrar o acesso aos
fundos. Eles pedem que as agências anticorrupção investiguem as operações da
paraestatal.
“Enquanto os nigerianos e o mundo
aguardam o relatório da comissão que está investigando o suposto desvio do N50
milhões pelo ex-chefe da paraestatal, que foi suspenso, pedimos que a referida comissão
agilize as investigações que levarão a novas descobertas.”
“O Ministério da Fazenda deverá
publicar, nos próximos dias, um relatório que permitirá que todos saibam o que
se passa na atual administração”, disse o grupo.
Enquanto as
investigações continuam, o grupo articula a recondução ao cargo do ex-diretor
da paraestatal.
Vanguard