O
segundo maior fundo de pensão do Canadá e outro fundo holandês lideram um grupo
prestes a investir US$ 920 milhões na construtora chinesa Chongbang Group.
O investimento busca atingir dois
importantes objetivos para os fundos atualmente: adquirir propriedades e outros
ativos que ofereçam retornos estáveis, alinhados às obrigações de longo prazo,
e diversificar os investimentos em mercados emergentes a fim de colher os
frutos do aumento do poder de compra da classe média dessas economias.
A Ivanhoé Cambridge, braço
imobiliário da Caisse de dépôt et
placement du Québec, afirmou que irá aportar US$ 500 milhões na Chongbang,
embora não tenha divulgado qual será a participação adquirida na empresa.
A divisão, que possui cerca de US$
34,2 bilhões sob gestão, já se encontra bem estabelecida nos Estados Unidos e
Europa. Os investimentos em mercados emergentes estão amplamente concentrados
no Brasil, onde detêm participações em 17 shopping centers e administra outros
quatro.
A exposição da Ivanhoé Cambridge à
China irá dobrar, chegando a cerca de US$ 1 bilhão em ativos em função do
aumento de capital da Chongbang.
A construtora chinesa fundada em
2003 opera quatro projetos imobiliários em Xangai que combinam centros de
compras, diversão e escritórios em áreas urbanas.
A Ivanhoé Cambridge aposta no
aumento da demanda por espaços multiuso em Xangai, a mais rica das cidades
chinesas, cuja população de 25 milhões não para de crescer.
A economia chinesa deverá crescer
cerca de 7% neste ano, mais do que o dobro do crescimento dos EUA. No entanto, essa
é a pior taxa de crescimento do país nos últimos anos, já que a China luta
contra a deflação e uma demanda crescente por serviços sociais de melhor
qualidade. Mas esse ritmo de crescimento não preocupa a Ivanhoé Cambridge.
O parceiro do fundo canadense no
investimento é a gestora APG, responsável pela administração de cerca de US$
488 bilhões em ativos previdenciários na Holanda.
The Wall Street Journal