Fundos
de pensão deficitários têm sido um grande problema para inúmeros municípios e,
em muitos casos, a situação só piora. Para diversos governos locais, a solução
é tomar empréstimos.
Recentemente,
de acordo com um relatório da Moody’s, o ônus previdenciário nos balanços
financeiros dos municípios atingiu níveis historicamente elevados.
O
volume de passivos em descoberto dos 50 governos municipais classificados como
os maiores detentores de dívida mais que duplicou na última década. 32 desses
municípios já registram volumes de passivos previdenciários mais altos que seus
níveis de dívida. Em 2015, havia 14 municípios nessa situação.
O
relatório foi publicado em meio a crescentes preocupações com a capacidade do
país de honrar promessas previdenciárias junto ao funcionalismo público sem
exaurir os orçamentos estaduais.
Entre
os principais problemas enfrentados pelos fundos de pensão estão o fraco desempenho
nos investimentos e níveis contributivos insuficientes.
Contudo,
nem todas as cidades passam pelo mesmo tipo de sofrimento, ou seja, nem todas
acumularam passivos previdenciários significativos, com os custos mantendo-se em
patamares módicos para diversos integrantes do grupo analisado pela Moody’s.
De
acordo com dados do levantamento, os municípios de Wake e Mecklenburg na
Carolina do Norte, por exemplo, possuem baixos volumes de passivos
previdenciários, cujo crescimento se deu em ritmo lento nos últimos dez anos.
Porém,
no outro extremo da escala Moody’s aparece o Condado de Cook, em Illinois, e
cidades como Chicago, Dallas e Phoenix, que registraram, no exercício de 2015,
passivos líquidos ajustados equivalentes a 350% ou mais das receitas, bem como déficits
contributivos - em relação a um parâmetro
utilizado que indica os valores necessários para conter o crescimento dos
passivos não fundeados - superiores a 5% das receitas operacionais.
Barron's