Os dois maiores fundos de pensão da
Holanda poderão ser obrigados a cortar benefícios no próximo ano, uma vez que seus
ativos caíram para patamares inferiores aos requeridos pelo Banco Central do
país.
O
ABP, fundo de pensão dos funcionários públicos e uma das maiores fundações do mundo, bem como o fundo de
pensão dos profissionais de saúde, o Zorg
& Welzijn (PFZW), alertaram sobre tal possibilidade durante
apresentação, na semana passada, de seus resultados financeiros bimestrais.
“Embora não seja necessário fazer
cortes nos benefícios neste ano, é cada vez maior a probabilidade de que isso
venha a acontecer em 2017”, afirmou Corien Wortmann-Kool, do ABP. “2016 teve um
início turbulento, com muita inquietação nos mercados financeiros de todo o
mundo e taxas de juros em queda”, acrescentou.
Risco
“Queremos alertar os nossos participantes
sobre esse risco, que é real”, disse Peter Borgdorff, do PFZW. “Se no resto do
ano houver estabilidade, não teremos problemas. Mas se entrarmos numa espiral
negativa, pode ser que os benefícios tenham que ser cortados.”
Ambos os fundos possuem, no momento,
níveis de fundeamento pouco acima de 100%, mas o patamar mínimo estipulado pelo
Banco Central é 104%. Ao cortar benefícios, as fundações podem trazer seus
ativos de volta a níveis aceitáveis.
Dutch News