ATIVOS PREVIDENCIÁRIOS CHEGAM A US$36 TRILHÕES, CRESCIMENTO DE 6% EM 2014


Os ativos previdenciários globais ultrapassaram a marca de US$ 36 trilhões (€32 trilhões) em 2014. O forte crescimento observado em Austrália, México e Hong Kong serviu para compensar o fraco crescimento dos ativos na Europa. 

O crescimento médio dos ativos previdenciários nos dezesseis maiores mercados do mundo foi de 8% ao ano entre 2004 e 2014, indicou pesquisa realizada pela Towers Watson.

O estudo anual intitulado “Global Pensions Assets Study” demonstrou ter havido um crescimento de 6,1% nos ativos globais tendo-se o dólar como referência. Estados Unidos, Reino Unido e Japão contribuem com mais de 75% desse total.

O aumento dos ativos foi de 19% no México, 13% na África do Sul e 10% em Hong Kong, ajudando a dar sustentação ao crescimento global da indústria calculado anualmente em moeda local entre 2004 e 2014.

A Austrália, que possui o quarto maior sistema do mundo, apresentou crescimento de 11,2%. Já o Reino Unido registrou uma taxa de 9%, a Holanda 8,2% e a Alemanha 7,4%, enquanto os ativos de Suíça, França e Irlanda cresceram 3,1%, 2,5% e 5,6%, respectivamente, no período de dez anos.

A Towers Watson afirma que, em 2014, o líder foi o sistema holandês, com mais de 20% de crescimento dos ativos, o qual foi seguido de perto por França, Alemanha e Irlanda. Suíça e Reino Unido tiveram mais de 10% de crescimento, ao passo que o Brasil foi o único país detentor de um grande sistema previdenciário a registrar queda do nível de ativos (-5%).

No final do ano, os ativos previdenciários correspondiam a 84% do PIB global, proporção bem superior àquela registrada em 2008 (54%).

O diretor de Investimentos Globais da Towers Watson, Roger Urwin, disse que 84% do PIB ainda não é uma proporção adequada tendo em vista a magnitude da população aposentada. “Embora tenha havido melhora significativa nos balanços dos fundos de pensão desde a crise financeira mundial, muitos planos BD ainda se encontram em posição de solvência bastante delicada.”

“O ideal é que os sistemas previdenciários tenham o equivalente a 150% do PIB em ativos. Se essa proporção for associada à boa governança e investimentos sustentáveis, o universo previdenciário estaria em situação bem mais confortável”, explica o executivo.

Apenas a Holanda supera o patamar de 150% do PIB sugerido por Urwin (166%). Os sistemas de Estados Unidos, Suíça, Reino Unido e Austrália possuem ativos levemente superiores a 100% do Produto Interno Bruto.

Os sete maiores sistemas do mundo possuem uma alocação de ativos assim distribuída: 42,3% em ações, 30,6% em títulos e 24,8% em alternativos. A alocação em títulos aumentou ao longo do ano, os alternativos diminuíram e a renda variável permaneceu estável. No ano passado, o sistema britânico superou o japonês, passando a ser o segundo maior do mundo. 



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