Ações, fundos de pensão privados e preços
do petróleo foram atingidos em cheio pela desaceleração da economia chinesa, num
dia tenso que já está sendo chamado de “segunda-feira negra” nos mercados
acionários.
Os
mercados de Xangai, Paris e Nova Iorque sofreram quedas acentuadas, um
movimento apelidado de “A grande queda da China” (the great fall of China, uma referência à grande muralha, um dos
cartões postais do país). A volatilidade é causada pelo medo de que a segunda
maior economia do mundo esteja em processo de desaceleração.
Os
investidores temem que a desaceleração da econômica chinesa, que já era
aguardada, revele-se pior do que se esperava. Bilhões sumiram de índices ao
redor do mundo. As ações chinesas sofreram a maior queda em oito anos, enquanto
as ações europeias despencaram.
Impulsionada
pela queda acentuada das ações da seguradora FDB, a bolsa de valores irlandesa
fechou em baixa de 5,05%, o seu pior desempenho em cinco anos, comparável
apenas à queda de 5,78% registrada em 24 de agosto de 2010.
No
dia seguinte à segunda-feira negra, quando o mercado americano abriu, o índice
Dow Jones registrou queda de 1.000 pontos para posteriormente recuperar parte
das perdas. No final do dia (fuso-horário irlandês), a queda havia sido de 3,5%.
O
dólar também sofreu desvalorização frente ao euro, que registrou a maior alta
em sete meses.
Um
alto funcionário do Fundo Monetário Internacional procurou acalmar os ânimos ao
afirmar que a desaceleração na economia chinesa não é sinônimo de crise, mas da
necessidade para que o país adote medidas de ajuste fiscal.
Irish Independent