Segundo uma pesquisa da Pensions and Lifetime Savings Association
(PLSA), 87% dos fundos de pensão do Reino Unido acreditam que a remuneração dos
executivos das companhias listadas do país é muito alta. Atualmente, a Grã-Bretanha
discute mudanças na forma como tais empresas são geridas.
Nesta semana, a Grã-Bretanha deu início a uma consulta
pública que tem por objetivo identificar meios para incentivar um melhor
comportamento nas corporações e reduzir a alta remuneração de executivos. A
iniciativa faz parte de uma campanha da primeira-ministra Theresa May direcionada
àqueles que votaram em favor do Brexit como forma de protesto contra as elites.
“Está na hora de as empresas entenderem a mensagem e
começarem a reduzir os pacotes de remuneração de seus principais executivos”,
disse Luke Hildyard, chefe da área de políticas e governança corporativa da
PLSA.
O número de “revoltas de acionistas”, casos em que mais
de 40% dos acionistas votaram contra a remuneração dos executivos nas assembleias
anuais das empresas que compõem o índice FTSE 100, subiu de dois, em 2015, para
sete em 2016, segundo a PLSA.
A PLSA disse que vai publicar diretrizes para estimular os
fundos de pensão a serem mais “linha-dura” no que diz respeito à reeleição de
diretores responsáveis pela fixação dos pacotes de remuneração das empresas.
A remuneração média dos executivos das empresas que
compõem o índice FTSE 100 da Grã-Bretanha subiu mais de 10% em 2015, atingindo
uma média de 5,5 milhões de libras (US$ 6,9 milhões). Isso significa que agora
os CEOs ganham 140 vezes mais do que os seus empregados, em média, revelou um
estudo conduzido pelo High Pay Centre
, divulgado em agosto.
São membros da PLSA mais de 1.300 fundos de pensão britânicos
com aproximadamente 1 trilhão de libras em ativos.
(US$ 1 = 0,7925 libras)
Reuters