Após um
longo período de resultados decepcionantes em mercados emergentes, alguns
fundos de pensão têm se voltado para países ainda menos desenvolvidos -
denominados ‘mercados de fronteira’ - em busca de maior rentabilidade.
Uma proporção ainda pequena dos
ativos de fundos de pensão britânicos serão investidos em países como Botsuana,
Ucrânia, Vietnã e Cazaquistão, todos integrantes do índice MSCI Frontier Markets.
O referido índice rendeu 23,1% nos
últimos 3 anos segundo a consultoria FE Analytics.
Já o MSCI’s Emerging Markets, índice que
engloba os mercados emergentes, caiu 11% no mesmo período.
A consciência do investidor a
respeito do risco de liquidez tem aumentado, informam gestores de investimento.
Tal risco varia imensamente de país para país. Na África, por exemplo, os asset managers apontam para boas
oportunidades em papéis listados no Egito, Nigéria e Quênia, onde a liquidez é
melhor que em outros mercados de fronteira.
A T Rowe Price está entre as asset managers que vêm atendendo à nova demanda,
tanto que está lançando o Global Frontier
fund, que ainda depende da anuência do regulador para funcionar. O novo
fundo será mais amplo que o fundo já existente da seguradora que abrange países
do Oriente Médio e África.
O fundo de pensão do distrito de East Riding, entidade pública com £3 bilhões
sob gestão, já revisou suas políticas de investimento de forma a poder investir
nos mercados de fronteira. O fundo adicionou o MSCI Frontier Markets index à sua alocação em mercados emergentes,
que passou de 3,5% dos ativos do fundo (£100 milhões) para 5% (£150 milhões). Ian
Sandiford, gestor de carteira sênior da entidade, afirmou que “não se trata de
um compromisso no momento atual, mas de uma alternativa para o futuro.”
Financial News