A líder de Taiwan pediu calma à população depois de violentos protestos contra a reforma previdenciária nesta quarta-feira, quando manifestantes demonstraram seu descontentamento frente a políticos e policiais.
As
manifestações acontecem na medida em que o parlamento começa a analisar
diversas propostas controversas que visam impedir o colapso do sistema previdenciário.
A expectativa é que as mudanças atinjam cerca de 500 mil funcionários públicos
e professores.
Vários parlamentares disseram ter
sido empurrados, espetados e molhados com jatos d’água enquanto tentavam entrar
no complexo legislativo no centro de Taipei. O prédio está cercado por
barricadas e conta com forte presença policial.
Apesar dos protestos, a presidente
Tsai Ing-wen prometeu avançar com as reformas e disse que seu governo não irá
tolerar violência.
“Conflitos não irão interferir nos
planos do governo de realizar as reformas. A nossa tarefa é resgatar o sistema previdenciário,
que hoje encontra-se à beira de um precipício”, disse ela a repórteres.
O descontentamento vem aumentando
sobretudo entre servidores públicos ativos e aposentados após o governo ter
revelado que pretende reduzir benefícios e uma taxa de poupança especial dedicada
à categoria que paga 18% de juros.
O governo advertiu que diversos
fundos de pensão deverão falir entre três e 14 anos a menos que o sistema seja
reformado.
Mais de 100 mil funcionários
públicos, professores e militares foram às ruas no ano passado na maior onda de
protestos desde que Tsai se tornou presidente.
A questão previdenciária é o mais
recente desafio enfrentado por Tsai, que viu seus níveis de popularidade caírem
rapidamente desde que assumiu o comando do país em maio do ano passado.
Os planos de pensão de Taiwan variam
conforme as diferentes ocupações. Os aposentados do setor público normalmente
recebem benefícios mais generosos do que os demais trabalhadores.
O governo também pretende melhorar o
sistema previdenciário para cerca de 10 milhões de trabalhadores do setor
privado.
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