O sistema previdenciário chinês deve sofrer
mudanças que implicarão nos servidores públicos terem que contribuir com parte
do salário para um plano de pensão, assim como fazem os trabalhadores da
iniciativa privada.
Como país mais populoso do mundo, a China também
possui o maior sistema previdenciário do planeta. Durante décadas, o referido
sistema manteve uma estrutura de “duas vias”, sendo uma delas dedicada aos
servidores públicos e outra voltada para os funcionários de empresas privadas.
Agora o governo quer que os servidores públicos passem a contribuir com uma
parte da sua renda para o sistema privado.
Desde outubro de 2014, 40 milhões de
servidores públicos, incluindo o professor Zhang Lufa, foram obrigados pelo
governo a contribuir com 8% de seu salário para o fundo de pensão estatal. Além
disso, seus benefícios de aposentadoria passaram a depender do tempo em que
permanecerão na ativa, do volume contributivo, e do valor do salário em relação
à média salarial do município em que residem.
Antes da mudança, os servidores públicos contavam
com um plano de Benefício Definido que lhes assegurava 80% a 90% do salário
final. Atualmente, muitos se preocupam com a falta de proteção na idade
avançada. “É claro que seremos afetados. A escola onde trabalho é uma
instituição pública, de forma que temos que seguir as novas regras. Isso
significa que a minha aposentadoria será menor do que eu esperava”, afirma Zhang.
Os empregados do governo há tempos são vistos
como os mais afortunados do país em termos de regras de aposentadoria, tanto
que, no linguajar local, ter um emprego público é como ter “uma tigela de ferro
de arroz nas mãos”. No entanto, as novas regras passarão a tratar os servidores
da mesma forma que os demais trabalhadores.
A fim de amenizar as preocupações, o Ministro
de Recursos Humanos e Previdência Social afirmou que dará a todos os servidores
públicos um aumento salarial médio equivalente a 50 dólares, por mês, ao longo
do ano.
CCTV America