O
prefeito de Chicago, Rahm Emanuel, anunciou na última terça-feira que pretende elevar o volume arrecadado em
impostos sobre propriedades em US$ 588 milhões nos próximos quatro anos. A
ideia é preencher a lacuna de fundeamento do sistema previdenciário do estado,
que já chega a US$ 20 bilhões.
Durante
reunião com vereadores, o ex-chefe de gabinete do presidente Barack Obama
afirmou que sem o aumento do imposto, o estado terá que demitir cerca de 40% do
efetivo do corpo de bombeiros.
“Aumentaremos os aportes estatais ao fundo em
US$ 318 milhões neste ano, US$ 109 milhões no ano que vem, US$ 53 milhões em
2017 e US$ 63 milhões em 2018”, afirmou o prefeito. “O aumento [de impostos]
irá fundear as nossas contribuições aos fundos de pensão de bombeiros e
policiais, colocando a cidade numa situação financeira sustentável pela
primeira vez em décadas.”
Uma
parcela da receita proveniente do aumento de impostos - o equivalente a aproximadamente
US$ 45 milhões - seria utilizada na
construção de escolas públicas.
O
prefeito disse ainda que pretende garantir que a responsabilidade pela geração
de receita adicional recaia sobre aqueles que tenham melhores condições
financeiras. O novo imposto afetaria sobretudo os cidadãos cujas propriedades são
avaliadas em mais de US$ 250 mil. Nesses casos, o imposto poderá sofrer uma
aumento de até US$ 600 anuais.
A
fim de gerar mais US$ 60 milhões em receitas, os residentes também passarão a
pagar uma taxa mensal de coleta de lixo no valor de US$ 9,50. Os indivíduos de
mais baixa renda pagariam metade desse montante. Os planos incluem ainda a
expansão da taxação sobre produtos derivados do tabaco a fim de incluir
cigarros eletrônicos e tabaco mastigável.
As
propostas do prefeito são consideradas exageradas por analistas. Especialistas
da agência de classificação de risco Moody’s já haviam reduzido a nota de
Chicago, colocando a cidade apenas um degrau acima de Detroit, merecedora da
pior nota da escala de classificação.
Daily Caller