Indignados
com o governo devido a mudanças nos fundos de pensão, milhares de trabalhadores
do setor têxtil entraram em confronto com a polícia na cidade de Bengaluru, hub indiano de empresas de TI.
O confronto ocorreu nesta
terça-feira, e as forças de segurança utilizaram gás lacrimogêneo para
controlar a multidão.
A polícia deteve cerca de 100
pessoas após os manifestantes terem bloqueado estradas e apelado para a
violência, informou à Reuters o comissário de polícia de Bengaluru, N. S.
Megharikh.
Imagens revelam fumaça saindo de
ônibus queimados e um veículo da polícia destruído. “Agora a situação está sob
controle”, disse Megharikh.
Os protestos ocorreram após o
governo propor, em fevereiro, mudanças na forma como os funcionários podem sacar
o saldo acumulado no Fundo de Previdência do Empregado (Employee Provident Fund - EPF).
Somente cerca de 36 milhões dos 1,3
bilhão de habitantes do país contribuem para o EPF.
Em março, o ministro da Fazenda,
Arun Jaitley, desistiu da proposta inicial de taxar os saques previdenciários. No
entanto, a intenção de restringir o acesso ao fundo de pensão ainda permanece.
Os protestos tiveram início na
segunda-feira, quando cerca de 200 mil trabalhadores do setor têxtil, em sua
maioria mulheres, tomaram as ruas.
Jayaram K. Ramaiah, funcionária do sindicato
que reúne os trabalhadores do setor têxtil e de vestuário do país, disse que os
trabalhadores que ganham um salário mensal de 6.500 rúpias (£68,2) dependem do
acesso às contas de aposentadoria.
“Não apenas os trabalhadores do
setor, mas todos aqueles que atuam em segmentos menos organizados serão afetados
pela regra”, disse ela. “E quanto aos mais pobres que precisam desse dinheiro
para situações importantes como casamento ou educação?”
Ramaiah culpou “indivíduos antissociais”
pelos ataques à polícia e afirma que vinte pessoas ficaram feridas quando os
policiais atacaram a multidão com cassetetes.
Channel NewsAsia