O ministro da Fazenda sueco informou que a
Suécia e os Estados Unidos pretendem trabalhar juntos para estimular os fundos
de pensão a investir na África por meio de novos veículos de investimento.
Anders Borg falou durante o U.S-África Summit, realizado em
Washington, após uma mesa redonda promovida por ambos os países para discutir
os investimentos institucionais e de longo prazo no continente africano.
O ministro sueco também mencionou a
possibilidade de se afrouxar a regulação financeira mundial a fim de que os fundos
de pensão tenham o suporte necessário para investir na África. “Não seria tão
difícil. Tudo que precisamos é de um número pequeno de instrumentos ou fundos a
serem implantados pelo Banco Mundial ou pelo Banco Africano de Desenvolvimento.”
Diante dos baixos retornos providos por
determinadas classes de ativos como os títulos públicos, os investimentos na
África tornam-se particularmente interessantes. “O segmento de energia limpa é
um dos que poderiam se desenvolver mais rapidamente com a ajuda dos fundos de
pensão”, argumenta Borg.
Ele acrescenta que a Suécia e os Estados
Unidos, bem como o Banco Mundial e o Banco de Desenvolvimento Africano, poderiam
oferecer diferentes tipos de garantias a fim de que os investimentos se
encaixem melhor na regulação. O ministro declarou que espera que outros países,
como Alemanha, Holanda e França, sigam pelo mesmo caminho.
Borg informou ainda que se encontrará com
representantes do Departamento de Tesouro americano para discutir a
possibilidade de iniciar um debate no âmbito do G20 ou do Conselho de
Estabilidade Financeira - responsável pela coordenação da regulação financeira
das economias do G20 - sobre a flexibilização das regulações financeiras. A
intenção é que as estruturas de regulação, como o Solvência II, por exemplo,
não funcionem como um impedimento a esses investimentos.
O Ministro não deu detalhes de como se daria
essa flexibilização, mas adiantou que os primeiros investimentos na África por
meio dos novos fundos já poderiam acontecer no segundo trimestre de 2015.
Reuters