O grupo estratégico de reforma previdenciária
formado pelo governo de Malta concluiu que não é a hora certa de elevar as
idades de aposentadoria para mais de 65 anos, reajustar as contribuições (que
atualmente são de 10%), tampouco tornar obrigatória a participação no terceiro
pilar.
O
grupo liderado pelo ministro da Família e Assuntos Sociais, Mark Musu, acaba de
divulgar 27 recomendações que, entre outras coisas, preveem o aumento das
contribuições estatais direcionadas aos pais que resolvem interromper a
carreira temporariamente para se dedicar à criação dos filhos. Créditos
similares seriam disponibilizados àqueles que possuem nível superior completo.
O
relatório também propõe um processo de consulta sobre a possível abolição da
idade de aposentadoria obrigatória para os membros do Conselho de
Desenvolvimento Econômico e Social de Malta.
Ao
ressaltar as recentes mudanças demográficas, o grupo salientou a importância de
se manter uma relação adequada entre os anos de contribuição e percepção dos
benefícios. Para tal, o grupo propôs a criação de um órgão específico para
calcular o período contributivo necessário ao recebimento da pensão integral a
cada cinco anos, o qual deve ser anunciado com 15 anos de antecedência.
O
documento divulgado na última quarta-feira recomenda que o primeiro cálculo seja
realizado em 2016, afetando os indivíduos nascidos entre 1965 e 1969. O grupo sugere
que o período contributivo para esse coorte seja aumentado de 40 para 41 anos.
As
recomendações incluem ainda a eliminação do teto contributivo para os
indivíduos com 65 anos ou mais que permaneçam no mercado de trabalho. O grupo propõe incentivos para estimular a
permanência das pessoas no mercado. Aqueles que permanecem empregados entre 62
e 65 anos de idade podem vir a receber um incremento contributivo de 2% nos
primeiros dois anos e de 4% nos dois anos seguintes, ajudando a elevar
permanentemente o valor da pensão.
Malta Today