As
empresas que participam de um boicote anti-Israel poderão ser boicotadas pelo
fundo de pensão de Nova York, alertou o controlador do estado na quarta-feira.
Thomas
DiNapoli, controlador que atua como único agente fiduciário do fundo de
aposentadoria do estado de NY (US$ 178 bilhões sob gestão), disse que sua
equipe irá rever a carteira do fundo e “tomar medidas cabíveis” contra as
empresas envolvidas na campanha “Boycott, Divestment and Sanctions” (BDS).
“As
tentativas de prejudicar a economia de Israel podem por em risco os
investimentos que temos no país”, afirmou DiNapoli. “Estamos enviando notificações
às empresas participantes do movimento informando-as de que poderão sofrer
consequências caso coloquem em risco os nossos investimentos, gerando prejuízos
financeiros.”
A
campanha tem como objetivo exercer pressão econômica sobre Israel em função do
tratamento dispensado à questão palestina. No entanto, o movimento vem sendo
classificado como antissemita e os críticos alegam que o mesmo seria um ataque
à legitimidade do país.
DiNapoli
informou que os investimentos feitos nessas empresas serão revistos e
ocasionalmente liquidados caso a “empresa não mude a sua postura”.
Algumas
empresas que participam do BDS também poderão ter seus nomes incluídos numa
lista que restringe investimentos futuros, acrescentou DiNapoli, que esteve em
Israel em novembro de 2015.
A
decisão de DiNapoli ocorre após o governador Cuomo ter assinado um decreto, no
início deste mês, que proíbe o estado de fazer negócios com organizações que
apoiam o movimento BDS.
O
fundo de pensão possui aproximadamente US$ 532 milhões em investimentos
baseados em Israel.
Daily News