A rejeição às hipotecas reversas ficou
evidente em uma pesquisa conduzida pelo American
College of Financial Services. No estudo, foram consultadas mil pessoas com
idades entre 55 e 75 anos, pelo menos US$ 100 mil em ativos “passíveis de
investimento” e US$ 100 mil em equity
imobiliário.
Os
entrevistados foram questionados sobre as hipotecas reversas e suas respostas
não foram nada animadoras: apenas 14% consideravam adquirir o produto e apenas
um único respondente admitiu tê-lo contratado. Dentre aqueles que recusaram o
produto, 44% o fizeram sob a alegação de que teriam renda suficiente e,
portanto, nenhuma necessidade por esse tipo de contrato; 18% acreditavam ser
muito jovens para pensar no assunto; 10% afirmaram não estarem prontos para
lidar com a questão e 9% o consideraram
“muito arriscado”.
Ainda
mais problemática é a confusão em torno de como as hipotecas funcionam. Os
entrevistados foram convidados a responder dez perguntas sobre o funcionamento
do produto, mas apenas 30% alcançaram um nota mediana, revelando conhecimentos
básicos. 10% deram respostas erradas a todas as perguntas do questionário.
Além
disso, 44% dos respondentes afirmaram que consideram o uso da casa própria para
fins de aposentadoria, mas apenas 25% disseram se sentir confortáveis com o uso
do imóvel como fonte de renda.
“A
pesquisa servirá para abrir os olhos da indústria a respeito do que as pessoas
sabem sobre as hipotecas reversas”, disse Jamie Hopkins, autor do estudo,
professor de Planejamento de Aposentadoria e codiretor do New York Life Center for Retirement Income Planning.