Os fundos de pensão de filiação
obrigatória, lançados na Romênia há apenas seis anos, já somam 6,15 milhões de
participantes e ativos totais da ordem de 3,5 bilhões de euros, informa a
Associação de Fundos de Pensão da Romênia (APAPR).
Seis anos atrás, os fundos
começaram a operar com 4,15 milhões de participantes. Desde então, foram
inscritos mais dois milhões de trabalhadores. Desse total (6,15 milhões),
metade realiza aportes mensais aos fundos.
Inicialmente o Estado
transferiu 2% do salário bruto dos empregados romenos aos fundos de pensão
privados, acrescidos de 10% em aportes do governo na forma de contribuições de
seguro social. Os valores foram sendo gradualmente elevados, chegando a 4,5% em
2014 e devendo atingir 6% até 2016.
À medida que cresceram as
contribuições, os ativos sob gestão também aumentaram. Em seis anos, foram
aportados EUR 2,8 bilhões e obtidos EUR 675 milhões em retornos líquidos. O
retorno anual médio dos fundos privados nos últimos seis anos foi de 11,2%. 95%
dos ativos foram investidos no próprio país.
Dois terços dos ativos são
investidos em títulos do Tesouro, 16% em ações listadas, e o restante em debêntures,
depósitos bancários, fundos mútuos e outros instrumentos financeiros. Por
enquanto, os fundos privados estão proibidos de investir em imóveis ou outros
ativos com maior risco.
Os fundos de pensão
tornaram-se atores importantes do mercado de capitais romeno, com EUR 450 milhões
investidos em ações listadas na Bolsa de Valores de Bucareste. A expectativa é
que esses valores sejam duplicados nos próximos anos dado o crescimento
projetado dos ativos.
Entretanto, os gestores das
entidades reclamam haver poucos ativos disponíveis no mercado doméstico; por
isso, há a expectativa de que mais empresas estatais sejam privatizadas via Bolsa
de Valores.
Em 2013, os fundos adquiriram
13% do IPO (390 milhões de euros) da companhia de gás Romgaz, a primeira oferta
pública de ações do país.
Os gestores também
manifestaram o desejo de ver mais empresas privadas listadas no mercado de
ações local, que ainda sofre com a falta de companhias de alto nível nos
setores de TI, telecomunicações, varejo e agricultura. Por esse motivo, alguns
fundos têm investido no exterior, em especial na Polônia, Áustria, França e
Alemanha, a fim de diversificar suas carteiras.
Há oito
fundos de pensão com filiação obrigatória na Romênia (contra 18 quando o
sistema foi instituído). Alguns fundos optaram pela fusão com o intuito de tornarem-se
mais eficientes e elevar o volume de ativos sob gestão. Os maiores fundos são
administrados por empresas como ING, Allianz-Tiriac, Alico e Generali.
Romanian-insider.com