Atualmente,
o número de fundos de pensão que investem globalmente a fim de dirimir a
volatilidade dos mercados é 65% maior que no ano passado, revela uma gestora de
ativos de alcance internacional.
Em
seu mais recente estudo da indústria, publicado em 11 de março, a Baring
Asset Management revela que mais de quatro quintos (83%) dos fundos de
pensão de Benefício Definido do Reino Unido possuem exposição a estratégias
multi-ativos que oferecem retornos de longo prazo ajustados ao risco. Essas
classes de ativos incluem ações, títulos, commodities, propriedades ou
moeda. De maneira geral, a pesquisa evidenciou o aumento do número de fundos
preocupados com a volatilidade e o risco.
A
pesquisa da Baring, que abrangeu 85 gestoras de investimento públicas e
privadas no Reino Unido, demonstra que 60% dos respondentes alteraram a
alocação de ativos a fim de reduzir a volatilidade, enquanto dois quintos (40%)
o fizeram com o intuito de casar ativos e passivos de forma mais eficaz. Apenas
um terço dos consultados (33%) realizaram mudanças com o objetivo de elevar a
rentabilidade.
Andrew
Benton, chefe de Vendas Internacionais e Business Development da
Barings, afirmou que: “O destaque da última pesquisa é a maior consciência dos
fundos de pensão acerca da volatilidade e da necessidade de lidar com a
questão. Há um aumento tangível do uso de estratégias multi-ativos, bem como o
contínuo enfoque no passivo, à medida que os fundos tentam aprimorar a gestão
dos riscos.”
Os
maiores desafios ao crescimento dos investimentos nos próximos seis meses
continuam sendo o nível de dívida soberana europeia e americana, além do lento
crescimento chinês – citados por 61%, 58% e 47% dos respondentes,
respectivamente.
Ainda
de acordo com o estudo, 3% das asset managers consultadas acreditam
haver o risco de deflação no Reino Unido, embora um terço (34%) veja o aumento
das taxas de juros no país como uma ameaça.
“Está claro que os profissionais da área
previdenciária permanecem profundamente focados na gestão da volatilidade e do
risco, em especial no que tange aos grandes riscos macroeconômicos e à saúde
econômica das maiores potências comerciais do mundo e seus níveis de dívida
soberana. Apesar de muitos mercados acionários terem gerado bons retornos em
2013, certo grau de incerteza volta a se fazer presente em 2014 e, nesse
ambiente, não surpreende que os gestores estejam diversificando as carteiras e
tentando controlar riscos”, resume Andrew Benton.
The Actuary