As declarações entregues à SEC pelo fundo de pensão da
IBM referentes ao mês de fevereiro de 2017 revelavam a detenção de 82.802 ações
da própria empresa. Já a declaração do mês de maio indicou a detenção de apenas
12.451 ações.
A venda de ações não é incomum para um fundo de pensão,
já que os dividendos permitem às entidades ter dinheiro para pagar os
benefícios devidos, sua principal função.
Na
verdade, os registros mostram que o fundo também vendeu muitas ações da Intel,
Microsoft e Apple durante o primeiro trimestre de 2017, além de se livrar por
completo de papéis de outras 100 empresas no período em questão. Logo, pode
tratar-se de uma nova estratégia de investimento que irá beneficiar os
participantes.
Contudo,
o desinvestimento do fundo parece uma má opção por duas razões.
Em
primeiro lugar, pode-se dizer que o fato de o fundo de pensão decidir que
manter as ações da patrocinadora não é a melhor forma de garantir o pagamento
de suas obrigações não constitui, propriamente, um voto de confiança no futuro
da empresa ou na indústria de tecnologia em geral.
Em segundo lugar, o fundo de pensão
não é a única organização preocupada com as perspectivas da “Big Blue”, como a
IBM é conhecida. Também no primeiro trimestre, o renomado investidor Warren
Buffet decidiu se livrar da maioria das ações que possuía da empresa depois de
supostamente se decepcionar com os prospectos da corporação.
Apesar da impressionante capacidade de pagar dividendos, Buffet
aparentemente tem preocupações com a longa série de reduções de receitas
trimestrais da IBM, dando a entender que a esperada recuperação da empresa com
base na tecnologia de nuvem e Inteligência Artificial pode não se concretizar.
The Register