FUNDO DE PENSÃO DO JAPÃO SOFRE REVÉS DE US$ 52 BILHÕES
O Japan’s Government Pension Investment Fund (JGPIF) divulgou uma perda 5,3 trilhões de ienes (US$ 52 bilhões) no ano fiscal de 2015, um retorno negativo de 3,81% atribuído à valorização do iene e à queda do preço das ações.

O total de ativos do JGPIF caiu pela primeira vez em cinco anos, chegando a cerca de ¥134,7 trilhões no exercício encerrado em março, informou o fundo na última sexta-feira.

“Eu aceito humildemente os resultados”, declarou o presidente da entidade,  Norihiro Takahashi, em entrevista coletiva.

A moeda japonesa se fortaleceu em mais de sete ienes perante o dólar no ano fiscal de 2015, enquanto a bolsa de valores caiu cerca de 2.400 pontos.

A revisão da carteira do fundo, realizada em outubro de 2014, levou à duplicação das metas de exposição a ações japonesas e estrangeiras, para 50%, deixando o fundo mais vulnerável à volatilidade do mercado. A entidade registrou uma perda de aproximadamente 7 trilhões de ienes em renda variável no ano passado, embora tenha registrado um ganho de 2 trilhões de ienes em investimentos em títulos públicos japoneses graças ao aumento do valor dos papéis.

As ações representavam 44% dos ativos do GPIF no final de março, um pouco abaixo de sua meta de alocação. De acordo com Masahiro Nishikawa, analista-chefe de política fiscal da Nomura Securities, o fundo ainda poderia adquirir outros ¥ 5 trilhões em ações domésticas se assim desejasse.

As perdas de 2015 não terão efeito imediato sobre o pagamento de benefícios. Cerca de 90% desses pagamentos são financiados por contribuições individuais, além de  um subsídio fiscal. Apenas um décimo do valor total advêm dos ativos investidos. O governo tentará acalmar os ânimos dos participantes garantindo-lhes que os retornos ruins, a exemplo dos registrados em 2015, não colocam os benefícios em risco.

No entanto, há preocupações sobre as obrigações futuras do fundo. “Se os retornos do GPIF mantiverem-se significativamente inferiores às projeções, é possível que as contribuições individuais tenham que ser revisadas para cima”, disse Nishikawa. 



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