A Grécia pode recorrer às reservas de fundos de pensão e
entidades do setor público na tentativa de cobrir suas necessidades de
fundeamento neste mês.
A Grécia, que demanda cerca de 4,5 bilhões de
euros mensalmente, além de possuir passivos previdenciários da ordem de €1,5
bilhão por mês, está ficando sem opções para fundear as despesas, apesar do
acordo com a zona do Euro para prorrogar o resgate financeiro ao país por mais
quatro meses.
Diante de quedas consideráveis na receita, a
Grécia deve exaurir seus recursos até o final de março, embora o governo esteja
se esforçando para acalmar os credores em relação a um possível calote.
“Estamos confiantes de que os pagamentos
serão feitos em sua totalidade, particularmente ao FMI, havendo, portanto,
liquidez suficiente para que possamos sobreviver aos próximos quatro meses”,
disse, em rede nacional de televisão, o ministro da Fazenda grego, Yanis
Varoufakis.
O relações públicas do governo, Gabriel
Sakellaridis, afirmou: “Sabemos que março é um mês difícil. Todas as nossas
obrigações serão pagas no prazo... de forma a não termos qualquer problema com
nossos credores.”
Enquanto isso, o novo governo apresentou seu
primeiro projeto de lei ao parlamento prevendo a oferta de comida e
eletricidade gratuitas a milhares de cidadãos pobres. “A profunda recessão
ocasionada por medidas de austeridade nos últimos seis anos tiveram um impacto
social dramático”, afirma o projeto de lei. “O presente projeto pretende lidar
com a crise humanitária por meio de medidas que garantam o acesso a bens e
serviços básicos à população.”
Durante uma reunião na semana passada, o Primeiro Ministro Alexis Tsipas
afirmou que a melhoria das condições de vida dos cidadãos mais afetados pela
crise era a “maior responsabilidade” do governo, embora tenha salientado que
Atenas continua comprometida em manter o orçamento equilibrado
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