Sete
planos de pensão europeus, com um total de €300 bilhões em ativos sob gestão,
retiraram seus investimentos da Ryanair devido a preocupações com disputas
trabalhistas envolvendo a companhia aérea de baixo custo.
O
ATP, maior fundo de pensão da Dinamarca, e o Folksam, plano de pensão sueco,
estão entre os grandes investidores que venderam suas participações na Ryanair
em um momento de crescente preocupação com a forma como a companhia aérea remunera
seus funcionários e interage com sindicatos.
Baillie
Gifford, uma das maiores gestoras de ativos do Reino Unido, e a Hermes EOS,
influente consultoria que assessora investidores institucionais, também vêm questionando
a forma como a Ryanair tem lidado com questões trabalhistas nos últimos meses.
Michael
O'Leary, CEO da companhia aérea, chamou os fundos de pensão que venderam suas
participações de “idiotas”, acrescentando: “Não prestamos muita atenção nos
fundos de pensão que nos excluíram alegando preocupações com questões
trabalhistas. Eles estão mal informados. Nós não temos quaisquer problemas
trabalhistas”.
O
CEO da Ryanair continuou: “Temos uma relação excelente com a nossa equipe, não há
greves nem qualquer ameaça nesse sentido. Nossas ações já cresceram 10% somente
este ano. Se algum “conselheiro por procuração” idiota lhes disse para não
investir na Ryanair, francamente não estamos nem um pouco preocupados. Não
somos uma organização sensível. A perda é deles, não nossa”.
Os
planos de pensão dinamarqueses PKA, Sam, Industriens
Pension, PFA e Pension Danmark também
adicionaram a Ryanair às suas listas de empresas a serem excluídas das
carteiras de investimento por razões éticas.
Financial Times