Rabobank e Pensioenfonds Zorg en Welzijn (PFZW), o
fundo de pensão do setor de saúde holandês (€137 bilhões sob gestão), anunciaram
uma transação de compartilhamento de riscos envolvendo uma carteira de
empréstimos corporativos.
De acordo com Raymond van
Wersch, gestor sênior de carteira da PGGM, empresa que administra os
investimentos do PFZW, o fundo concordou em assumir ‘as primeiras perdas’ do
portfólio até um determinado teto, que não foi revelado. O objetivo é estimular
a economia holandesa. O referido portfolio totaliza €3,2 bilhões e é composto
por cerca de 500 empréstimos corporativos, dos quais mais de 50% destinados a
companhias nacionais.
A transação permite ao PFZW ter
acesso a uma carteira de risco de crédito, promovendo a diversificação de seu mix de ativos ‘de maneira eficiente’,
informou o fundo de pensão. A expectativa é por retornos estáveis, robustos e
de longo prazo. “Como fundo de pensão, ganhamos acesso a ativos que gostamos de
ter em nossa carteira. Essa colaboração demonstra como os fundos de pensão e
bancos holandeses podem, de forma integrada, estimular investimentos na
economia do país”, afirmou Jan Willem van Oostveen, gerente de Políticas
Financeiras e de Investimento da entidade.
Ainda segundo o PFZW, muita experiência foi acumulada
desde que o fundo começou a fazer transações desse tipo. Estima-se que a
entidade já tenha fechado cerca de dez acordos parecidos, sendo o primeiro deles
em 2006, com o ABN Amro Bank. Outros bancos ‘parceiros’ incluem o Citigroup,
Santander, Credit Suisse e UBS, com bons resultados alcançados inclusive durante
a crise financeira.
Para o Rabobank, a transação permite mitigar o
risco de crédito de sua carteira de empréstimos. A redução do volume de capital
exigido do banco também deverá liberar recursos a serem utilizados em novos
empréstimos para companhias holandesas, além de viabilizar a elevação do
capital de base de nível 1 da instituição, que tem como meta atingir o patamar
de 14% até o fim de 2016 (contra 13,5% no final de 2013).
“A cooperação com o PFZW mostra que há cada vez
mais oportunidades para que os fundos de pensão do país ajudem a financiar a
economia”, argumenta Tanja Cuppen, CFO internacional do Rabobank.
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