O presidente da associação, Javier Siman, afirmou
que falta ao governo disposição para o diálogo e para a realização de consultas
envolvendo a elaboração das propostas reformadoras.
Representantes
do governo têm mantido reuniões com as Administradoras de Fondos de Pensiones (AFP), sindicatos e políticos, mas em tais encontros o governo limita-se a
expor suas intenções, sem dar a oportunidade para que diferentes setores da
sociedade emitam opiniões.
O
governo também deixou de divulgar os resultados preliminares de um estudo encomendado
ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para medir o impacto da
criação de um sistema misto.
O
sistema misto que vem sendo proposto é alvo de críticas porque poderia reduzir
significativamente os benefícios de alguns segurados. Além disso, faltariam
explicações sobre o que pode acontecer com os trabalhadores com período
contributivo inferior a 25 anos.
“Nós
insistimos que qualquer reforma do sistema não deve afetar os valores de
benefícios, idades de aposentadoria e anos de contribuição”, afirmou Javier
Siman durante um fórum sobre o sistema previdenciário que a ASI realizou junto
com a Asociación Salvadoreña de
Administradoras de Fondos de Pensiones (Asafondos).
“O
mínimo que esperamos é que qualquer proposta de reforma a ser apresentada ao
Legislativo seja devidamente divulgada para que possamos discuti-la e fazer
proposições.”
O
evento da Asafondos trouxe algumas propostas focadas nos seguintes pontos: melhorar
a rentabilidade sobre os investimentos, reestruturar a dívida do antigo sistema
e aumentar os níveis de cobertura.
Um
dos problemas é corrigir os retornos pagos pelo governo para fazer uso da
poupança dos trabalhadores. Busca-se também permitir que os recursos sejam
investidos em projetos de infraestrutura, que são mais rentáveis.
Javier
Siman disse apoiar a proposta da Asafondos de melhorar a rentabilidade dos
investimentos. “Os investimentos feitos pelas AFPs têm proporcionado aos
trabalhadores maiores retornos do que aqueles pagos pelo governo”, concluiu.