GIGANTE JAPONÊS DEVE CONTINUAR IMPEDIDO DE INVESTIR DIRETAMENTE EM AÇÕES


Com receio de fazer com que empresas privadas acabem sob o escopo da supervisão do Estado, o governo japonês decidiu engavetar o plano de permitir que seu fundo de pensão compre e venda ações de forma independente, tornando-se, assim, acionista direto das corporações, alegam algumas fontes.

A fim de reduzir custos e aumentar a capacidade de investimento, o Ministério do Bem-estar social vinha considerando a possibilidade de suspender a regra que impede que o Government Pension Investment Fund (GPIF) realize transações diretas com renda variável. No entanto, as autoridades acabaram decidindo pela não inclusão do dispositivo num Projeto de Lei a ser votado pelo Parlamento.

Ao invés disso, o Ministério pretende rever as regras de gestão de ativos do GPIF em até três anos após a nova lei de reforma do fundo entrar em vigor, dizem as fontes.

Atualmente, o GPIF, que é supervisionado pelo Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social, compra e vende ações por meio de asset managers. Para tal, pagou cerca de 17 bilhões de ienes (US$ 145 milhões) em taxas no ano fiscal encerrado em março de 2015.

A proibição em vigor também impede que o fundo de pensão exerça seu poder de voto nas empresas, influenciando, assim, suas operações.

Os grupos empresariais mais influentes do Japão, como a Japan Business Federation e a Japanese Trade Union Confederation (Rengo), já haviam se manifestado fortemente contrários à suspensão da proibição. Também não se sabe ao certo como a suspensão da regra afetaria as comissões pagas às gestoras de ativos no país.

O GPIF possuía 135 trilhões de ienes em ativos sob gestão em setembro do ano passado. Desse total, 21,4% eram investidos em ações japonesas e 21,6% em ações estrangeiras. 



Japan Today
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