Obter retornos de 3,8% nos mercados atuais não é tarefa
fácil. No entanto, o Fundo de Pensão Global da Noruega (FGFP) foi capaz de
fazê-lo, acumulando, hoje, um patrimônio de mais de 842 bilhões de euros. Os
números alcançados no primeiro trimestre se devem, sobretudo, ao bom desempenho
dos investimentos em renda variável. A renda fixa retornou 0,8% enquanto os
ativos imobiliários proporcionaram retornos de 0,6%.
Os
resultados são atribuídos ao desempenho melhor que o esperado de economias
desenvolvidas e emergentes, bem como ao forte impulso dado ao mercado americano
com a chegada de Donald Trump à Casa Branca. Mas, sem dúvida, o principal fator
foi a rentabilidade alcançada na Ásia e Oceania, superior a 7,8%, seguida pela
Europa (5,8%) e os EUA (4%).
A melhor
aposta do Fundo foi no segmento de tecnologia, com rendimentos superiores a 11%
graças ao aumento da demanda em setores-chave como o automotivo, de manufatura,
e-commerce e serviços de computação
em nuvem. Em seguida vêm os bons resultados providos pelos setores de materiais
básicos, saúde e bens e serviços. Em contrapartida, a pior aposta do Fundo foi justamente
no motor da economia norueguesa: o petróleo, com -4,4%.
E quais são
as empresas que compõem a carteira do Fundo? A Apple é a principal aposta e de
fato foi a que deu maior retorno nos primeiros três meses do ano. Outros
destaques foram Samsung e Roche... Entre as empresas em que o FGFP investe em
longo prazo estão ainda a Nestlé, Shell, Alphabet, Microsoft, Novartis e
Johnson & Johnson.
E a Espanha?
Nenhuma
companhia espanhola encontra-se nas dez empresas com maior participação do
fundo, que tem investimentos de mais de 8,2 bilhões de euros em 75 corporações
diferentes, incluindo Abertis, ACS e AENA.
Mas se
as empresas da Espanha não estão no “top ten” do fundo, o mesmo não acontece
com a dívida soberana do país, que atualmente soma 3,4 bilhões de euros, uma
redução de 23% em relação ao ano passado, atrás apenas de países como Coreia do
Sul, Itália, EUA e Japão.
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