O diretor
da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Gustavo Borba, deu prazo adicional de
dez dias para que os acusados no caso que apura irregularidades em negócios
realizados na bolsa pela carteira própria da Prece, fundo de previdência
complementar da Cedae, e seus fundos exclusivos se manifestem sobre uma prova
produzida no processo. Aberto em 2012, o processo tem entre os 37 acusados o ex-deputado
estadual Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o doleiro Lúcio Funaro.
A prova é
uma planilha elaborada pela Superintendência de Processos Sancionadores (SPS)
com os cálculos de probabilidade de ganhos sistemáticos dos envolvidos. As
operações na mira do órgão regulador do mercado de capitais ocorreram de
novembro de 2003 a março de 2006, intermediadas por diversos agentes, como as
corretoras Gradual e Novinvest e as distribuidoras Laeta, Novação e Ficsa.
A CVM constatou uma perda de R$ 39 milhões em "ajustes do dia"
para os fundos da Prece - Roland Garros, Lisboa, Flushing Meadow, Hamburg e
Stuttgart - em negócios com contratos futuros de Índice Bovespa, dólar e taxa
de juros de um dia. Os investidores na outra ponta dos negócios só obtiveram
lucro nas operações. Para a SPS, isso somente se justificaria por um esquema
irregular de negócios.
O Estado de S. Paulo