Bolsa é arrastada por tombo em Wall
Street e fecha em queda
Ibovespa: -1,17% (100.721 pontos)
Dólar: -1,27% (R$ 5,28)
Resumo:
·
Pressionada por tombo nos índices de
Wall Street, Bolsa encerra o dia em queda;
·
envio da reforma administrativa ao
Congresso dá injeção de ânimo, mas dura pouco;
·
Brasil ultrapassa 4 milhões de casos
confirmados de COVID-19;
·
indústria cresce 8% em julho, mas
ainda não apaga perdas com pandemia;
·
endividamento das famílias bate novo
recorde em agosto e inadimplência é a maior em 10 anos.
A
agenda econômica do dia tinha (quase) tudo para dar aquela ajuda para a Bolsa
fechar esta quinta-feira (3). Mas, como o mercado financeiro é imprevisível,
uma onda negativa veio de Nova York e impactou o Ibovespa, principal índice da
B3.
Resultado: fechamento no vermelho – das 75 ações listadas, 56 fecharam em
queda.
O
pregão já abriu com certo apetite a risco – afinal, mais tarde, o mercado
contava com o envio da proposta de reforma administrativa pelo governo ao
Congresso.
Ela vem sendo aguardada pelos investidores, já que tem o potencial
de aliviar a pressão sobre os cofres públicos.
No
entanto, a empolgação foi breve.
Mais tarde, as bolsas de Nova York se
comportaram de um jeito diferente aos dias anteriores: em vez das altas recorde
que vêm sendo registradas desde agosto, os índices Dow Jones, S&P 500 e
Nasdaq (composto apenas por companhias de tecnologia) caíram, respectivamente,
2,78%, 3,51% e 4,96%.
Para que se tenha ideia, só as ações da Apple derreteram
8,01%.
Em
parte, isso aconteceu porque os investidores quiseram realizar o lucro que
conseguiram em todas essas altas – ou seja, vender os papéis para embolsar a
grana diante do aviso do banco central estadunidense, o Federal Reserve (Fed),
que alertou sobre a lentidão na retomada econômica do país em relatório
divulgado ontem (2).
Então,
você pergunta: a história da reforma administrativa não fez nem cócegas no
mercado?
Quando foi divulgada, ela até deu uma injeção de ânimo. Porém, as
quedas em Wall Street foram tão intensas que foi impossível não assustarem os
investidores.
De
qualquer maneira, a reforma administrativa traz alguns pontos que estão sendo
discutidos à exaustão por jornalistas e comentaristas de diversos veículos,
seja pelos pontos positivos ou polêmicos.
Por exemplo, apesar de ela abranger
Executivo, Legislativo e Judiciário de estados, União e municípios, ela não
inclui parlamentares, juízes, procuradores e militares.
Todas
essas discussões acontecem em meio ao contexto de pandemia do coronavírus.
Hoje, o Brasil ultrapassou os 4 milhões de casos confirmados, tendo a doença já
vitimado 124 mil pessoas.
FINANÇAS FEMININAS