Reforma
Casa Brasil e monitoramento das medidas de estímulo em ano eleitoral.
O
governo lançou o programa Reforma Casa Brasil, uma nova linha de crédito
subsidiado voltada à reforma residencial para diferentes faixas de renda.
O
programa é estruturado em três modalidades, com condições de crédito
diferenciadas: famílias que ganham até R$ 3.200 poderão solicitar a partir de
R$ 5 mil com juros de 1,17% ao mês; rendas entre R$ 3.200 e R$ 9.600 também
terão acesso a partir de R$ 5 mil, com juros de 1,95% ao mês; e famílias que
recebem acima de R$ 9.600 poderão contratar a partir de R$ 30 mil, com prazos
de até 180 meses e taxas variáveis conforme o valor contratado.
O
orçamento do programa cresceu substancialmente em relação às estimativas
iniciais: falava-se em R$ 15 bilhões, mas o lançamento foi feito com previsão
de R$ 40 bilhões.
O aumento reforça o caráter de estímulo da medida, que
representa impulso fiscal e parafiscal relevante, com potencial impacto
positivo sobre a atividade econômica já a partir do início de novembro.
Estimativas preliminares indicam que o programa pode adicionar entre 0,2 e 0,4
ponto percentual ao PIB, dependendo do ritmo das concessões e do grau em que se
tratar de crédito novo, e não apenas substituição de linhas existentes.
O
lançamento do programa reacende o debate sobre a intensidade das medidas de
estímulo em um ano eleitoral.
Junto à reforma do IRPF, que deve liberar renda
líquida para as famílias, o conjunto dessas iniciativas pode gerar pressões
adicionais sobre a inflação no início de 2026, o que, dependendo do cenário,
poderá adiar o início do ciclo de cortes de juros pelo Banco Central.
No
conjunto, o Reforma Casa Brasil amplia o uso de instrumentos de política
econômica fora do Orçamento, contribuindo para sustentar o crescimento no curto
prazo, mas adicionando complexidade ao balanço de riscos da política monetária
em um cenário de atividade ainda resiliente.
Destaques
da semana
Brasil:
A
agenda doméstica traz dados relevantes de crédito, mercado de trabalho e
inflação.
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Segunda-feira: IPC-Fipe (3ª semana de outubro); Relatório Focus.
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Terça-feira: Balança Comercial Semanal (outubro).
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Quarta-feira: Dados de Crédito (setembro); Dívida Pública (setembro).
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Quinta-feira: Caged (setembro); IGP-M (outubro).
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Sexta-feira: PNAD (setembro); Resultado Fiscal (setembro).
Estados
Unidos:
A
semana será marcada pela decisão de política monetária do Federal Reserve, além
de diversos indicadores de atividade e confiança.
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Segunda-feira (27): Sondagem Industrial do Fed de Dallas (outubro).
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Terça-feira (28): Índice de preço de casas FHFA (agosto); Índice de atividade
da indústria de Richmond (outubro); Confiança do Consumidor (outubro).
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Quarta-feira (29): Vendas de casas pendentes (setembro); decisão de taxa de
juros do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC).
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Quinta-feira (30): Discurso de Lorie Logan (Fed); encontro entre os presidentes
Donald Trump (EUA) e Xi Jinping (China).
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Sexta-feira (31): Discursos de Logan, Beth Hammack e Raphael Bostic (Fed);
Chicago PMI (outubro).
Europa
A
agenda europeia trará importantes dados de inflação e atividade, além de
diversos discursos de membros do Banco Central Europeu (BCE).
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Segunda-feira: Pesquisa IFO de Clima de Negócios da Alemanha (outubro);
expectativas de 1 e 3 anos do BCE (setembro).
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Terça-feira: Confiança do Consumidor GfK da Alemanha (novembro); discurso de
Fabio Panetta (BCE).
•
Quinta-feira: PIB do terceiro trimestre da França e Zona do Euro; taxa de
desemprego da Alemanha (outubro) e da Zona do Euro (setembro); Confiança do
Consumidor da Zona do Euro (outubro); CPI da Alemanha (outubro); decisão de
taxa de juros do BCE.
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Sexta-feira: Vendas no Varejo da Alemanha (setembro); CPI da Zona do Euro
(outubro preliminar).
Ásia:
Os
destaques da agenda asiática recaem sobre indicadores de atividade e inflação
da China e do Japão.
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Segunda-feira: PPI de Serviços do Japão (setembro); lucros industriais da China
(setembro).
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Quarta-feira: Confiança do Consumidor do Japão (outubro).
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Quinta-feira: Decisão de taxa de juros do Banco do Japão (BoJ).
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Sexta-feira: Taxa de desemprego do Japão (setembro); CPI do Japão (outubro);
Produção Industrial do Japão (setembro preliminar); Vendas no Varejo do Japão
(setembro); PMI Industrial da China (outubro); construção de novas casas do
Japão (setembro).
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