A
grande maioria dos brasileiros que poupa para a aposentadoria acredita que terá
um futuro tranquilo quando parar de trabalhar.
Mas é provável que muitos
encontrem uma realidade bem diferente quando o longo prazo chegar.
Um
estudo feito pela gestora britânica Schroders mostra que os investidores, de
forma geral, têm uma visão pouquíssimo realista de quanto suas economias devem
render na aposentadoria.
Acontece não só aqui, mas em dezenas de países.
Na
média, os brasileiros estimam um retorno anual de cerca de 12% para seus
investimentos, enquanto os americanos acreditam que conseguirão perto de 10%.
Na Europa, a expectativa varia de aproximadamente 9% (Espanha, Itália, Polônia
e Rússia) a 11% (Bélgica e Portugal).
É
claro que é impossível precisar qual será a rentabilidade no futuro, mas as
taxas de juros baixas – ou negativas em muitos países – indicam que os
investidores estão sendo otimistas demais.
“Essa
expectativa de retorno em torno 10% ao ano se deve à memória dos investidores,
que chegaram a conseguir esses rendimentos no passado, aqui e em outros
mercados”, diz Daniel Celano, CEO da Schroders Brasil.
“Mas
é preciso se ajustar à nova realidade”, acrescenta. Ele lembra que, na fase de
resgates, os investimentos devem ser mais conservadores, já que os recursos
estão sendo utilizados.
Por isso, o rendimento tende a ser menor do que no
período de acumulação.
ANCEP