Déficit da Previdência deve ser de R$ 810 bilhões
em 2040, diz estudo da FecomercioSP.
Federação do
comércio e CNS defendem nova reforma da Previdência, com idade igual para todos
e fim de benefícios especiais
O governo federal
deveria enviar ao Congresso uma nova reforma da Previdência, com endurecimento das
regras de aposentadoria do INSS (Instituto Nacional do Seguro
Social) e outros regimes.
É o que defendem FecomercioSP (Federação do Comércio
de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) e CNS (Confederação
Nacional de Serviços).
Para as entidades,
a reforma da Previdência de 2019 não está
sendo suficiente para manter a saúde financeira da Previdência, que pode
acumular déficit de R$ 810 bilhões até 2040 em todos os regimes, de acordo com
estudo da federação.
A
Fecomercio elenca oito propostas de mudanças, incluindo idade mínima de 65 anos
para todos os segurados —hoje, mulheres se aposentam aos 62 anos de idade—, fim
de benefícios especiais, criação de sistema de capitalização e unificação de
regras para trabalhadores do regime geral, servidores e militares.
André
Sacconato, assessor econômico da FecomercioSP, afirma que a reforma da
Previdência é "para anteontem".
Segundo
Sacconato, o déficit maior, em percentual, está no benefício rural, que
corresponde a 41% de todo o rombo.
Isso ocorre, diz ele por causa da quantidade
de benefícios pagos e não pelo valor, já que a maioria recebe um salário mínimo, hoje em R$ 1.518.
FOLHA DE SÃO PAULO