Previc defende ajuste nas taxas atuariais


Atualmente 125 planos de entidades fechadas, ou seja, ao redor de 10% dos existentes,  possuem taxas atuariais superiores a 5,5% e a expectativa da PREVIC é que elas sejam ajustadas ao novo patamar dos juros no curto ou médio prazos.

 

Ouvido pelo jornal, o titular da autarquia, Fábio Coelho, disse que “as fundações vão ter que se ajustar à realidade”. Em 2018, os limites superiores da banda (taxas de juros parâmetro) para um plano com duração de 10 anos caíram de 6,66% para 6,39%.

 

Segundo Coelho, com base na taxa parâmetro divulgada pela PREVIC e o que se sabe sobre as taxas de juros atuariais, hoje 9 planos estariam fora da banda autorizada para 2018. Caso se confirme a redução no teto, o número de planos desenquadrados “aumentará significativamente” caso não adotem medidas migratórias.

 

Há entre os dirigentes consenso quanto a necessidade de redução das taxas atuariais, um movimento que teria como ser absorvido pelos resultados dos investimentos.

 

Raphael Santoro, da Mercer, observa que “algumas entidades já vinham falando da necessidade de reduzir a meta este ano, mas quiseram aproveitar a volatilidade em ano de eleição”. Ele lembrou que na semana passada as taxas de juros mais longas chegaram a bater 6% acima da meta atuarial da maioria dos clientes da consultoria nesta situação de taxas entre 5,5% e 5,8%.

 

Coelho, por sua vez, admite que a volatilidade pode gerar oportunidades de ganhos no curtíssimo prazo, mas os fundamentos macroeconômicos induzem as entidades a avaliar não só as premissas atuariais, mas também a oportunidade de mudanças nos planos de custeio e de continuidade no movimento de diversificação das carteiras.



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