O USO ÉTICO DA INTELIGÊNCIA
ARTIFICIAL
crescente uso da Inteligência Artificial (IA) em vários setores da
sociedade, sem dúvida alguma, tem gerado uma revolução tecnológica.
Entretanto,
este crescente uso também apresenta à sociedade uma série de desafios
significativos, especialmente no que diz respeito ao uso ético e à sua
governança.
Como sabido, a IA tem o potencial de transformar diversas áreas, quais
sejam, saúde, educação, transporte e segurança, dentre outras.
O desafio que se
lança, é acerca da reflexão ética no uso da tecnologia. Sem atentar para esse
aspecto, a sua implementação poderá resultar em consequências imprevistas e
prejudiciais.
Por exemplo, no que tange à automação de processos e à tomada de
decisões baseadas em algoritmos, pode afetar diretamente as ofertas de
trabalho, acentuando desigualdades sociais e até mesmo ensejando em novos tipos
de discriminação, caso não haja um controle efetivo sobre os dados utilizados
como insumos para alimentar esses motores de IA.
Outra preocupação do uso da IA é com relação à privacidade e à
transparência.
O uso descontrolado de algoritmos para coletas e análise de
dados pessoais sem a devida explicação de como os dados serão utilizados ou até
mesmo sem a anuência dos usuários, podem acarretar riscos para a liberdade
individual.
Recentemente no Brasil, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados
(ANPD), abriu um processo sancionatório contra a Meta, dona do Instagram, para
que interrompesse o processo de coleta dos dados do usuário da Rede Social, sem
que antes deixasse claro a forma de processamento e exigisse de forma clara e
inequívoca em seus Termos, a anuência dos usuários.
Neste cenário de incertezas, é urgente o estabelecimento de um processo
robusto de governança da IA. É indispensável o estabelecimento de normas,
regras e políticas que guiem o desenvolvimento e o uso da IA de forma ética e
responsável.
É preciso o envolvimento de governos, empresas, pesquisadores e a
sociedade civil em geral, na definição de parâmetros que assegurem que a
tecnologia seja utilizada em prol de todo o coletivo.
A instituição de
regulamentos que garantam e exijam a auditoria de sistemas, a possibilidade de
revisão de decisões automatizadas e a promoção de um uso consciente da IA, são
alguns exemplos de como o processo de governança pode minimizar os riscos.
É
necessário algum de nível de contenção dessa tecnologia, para garantir o seu
uso seguro e ético.
Pelo exposto, é possível compreender que a IA trará diversos avanços
para a sociedade, entretanto a sua implementação deve ser pautada pelo
monitoramento e regulação, com a participação dos governos e de toda a
sociedade, visando à garantia dos direitos humanos e dos princípios
fundamentais de justiça e igualdade.
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