Candidato
à reeleição, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), aposta que a
aprovação da reforma da Previdência será feita no Congresso no primeiro
semestre e representará um marco na retomada do crescimento do País. Ele avalia
que a votação dessa e de outras reformas passarão confiança para investidores
sobre a seriedade do novo governo. Um dos citados em delação feita por um
executivo da Odebrecht, Maia nega as acusações e defende as investigações da
Lava Jato. E diz que elas não vão atrapalhar a agenda de reformas
Por outro
lado, a proposta de reforma da Previdência Social do governo, encaminhada
recentemente ao Congresso Nacional, vai tornar ainda mais difícil ‘pendurar as
chuteiras’ no País. Caso sejam aprovadas, as mudanças exigirão do brasileiro
que sonha com uma vida digna e uma justa aposentadoria, após décadas de
trabalho, um planejamento maior e mais rigoroso. Entre as mudanças contidas na
proposta estão a ampliação da idade mínima de aposentadoria para 65 anos e a
exigência de um período de contribuição de 49 anos para se ter direito ao
benefício integral.
Ao lado disso, a reforma da Previdência anunciada pelo
governo propõe mudanças nas regras de aposentadoria para muita gente. Se
passar, com a alteração da idade e do tempo de contribuição, vai manter muito
trabalhador ativo no mercado de trabalho por mais tempo. A boa notícia é que
ela não deve atingir quem está prestes a se aposentar. É o caso do Luis Vieira
da Silva, de 70 anos. Ele deu entrada no processo de aposentadoria após
contribuir por 23 anos e, por isso, vai se aposentar por idade. Caso contrário,
ainda teria que contribuir por pelo menos 25 anos a mais. “Agora que estou com
70 anos, passou cinco anos. Em janeiro vai mudar tudo agora e também é a hora”,
disse.
O Estado de S. Paulo + Diário do Grande ABC + Jornal do Comércio