Redes sociais multiplicam número de 'coaches
financeiros' sem qualificação.
Terapia financeira
pode ajudar nossa forma de lidar com dinheiro, mas é preciso buscar ajuda
especializada.
A expansão da
prática de terapia financeira nos Estados Unidos conquistou o interesse de
universidades norte-americanas e se tornou objeto de estudo e de ensino.
Como
qualquer nova disciplina, entretanto, a terapia financeira passou por dores do
crescimento –ou seja, confusão sobre o que é e quem pode alegar que está qualificado
para praticá-la.
"Vejo
muitos coaches financeiros anunciando seus
serviços, principalmente nas redes sociais, e eles não são credenciados",
disse Traci Williams, psicóloga certificada na Financial Therapy Association
(Associação de Terapia Financeira).
"Na semana
passada, me deparei com uma pessoa com muitos seguidores no Instagram que
oferece ligações de coaching de terapia financeira.
Quando pesquisei suas
qualificações, ela só tem um diploma de bacharel em TI. Isso me deixa preocupada com
as pessoas que precisam de ajuda e onde estão obtendo informações."
Nem todos os
terapeutas financeiros certificados são profissionais de saúde mental
autorizados.
Alguns, incluindo o presidente da Associação de Terapia
Financeira, Preston Cherry, são planejadores ou treinadores financeiros
certificados.
"Não faço
terapia financeira como uma prática isolada. Eu invoco os princípios da terapia
financeira dentro do meu planejamento financeiro", disse Cherry.
"Se houver uma
situação que está fora do meu escopo –digamos, um problema conjugal que está
bloqueando as metas financeiras ou a comunicação–, posso ajudar a descobrir
isso e encaminhar meu cliente a uma pessoa especializada, como um conselheiro
de casais."
Consultores financeiros que são
certificados em terapia financeira devem ser claros sobre os limites de seu
treinamento em saúde mental, disse Megan McCoy, que lidera o programa de
pós-graduação em terapia financeira da Universidade Estadual do Kansas; o mesmo
vale para os profissionais de saúde mental e seus conhecimentos financeiros.
THE NEW YORK TIMES