CORONAVÍRUS

  • Novo saque do FGTS pode ser de R$ 1.000 por conta devido ao coronavírus, estuda governo

Valor ainda está em análise pela equipe do ministro Paulo Guedes.

A nova rodada de liberação de recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) pode permitir saques de aproximadamente R$ 1.000 por conta.

O valor ainda está em análise pela equipe do ministro Paulo Guedes (Economia), que criou um grupo para discutir medidas de estímulo econômico por causa da pandemia do novo coronavírus.

Há cerca de duas semanas, o governo anunciou ações para proteção de trabalhadores durante a crise.

 Entre elas, a liberação de dinheiro do FGTS.

No entanto, técnicos não apresentaram, à época, uma previsão do valor do novo saque, pois ainda precisavam estudar o modelo.

Para colocar a medida em prática, o caixa do fundo deve ser reforçado com a entrada de recursos do Pis/Pasep parados nas contas de beneficiários. 

O governo estima que há R$ 21 bilhões que não foram resgatados pela população após sucessivas campanhas relacionadas ao Pis/Pasep.

A ideia do Ministério da Economia é transferir esse montante para dar mais liquidez ao FGTS, que vem sendo usado nos últimos anos para injetar dinheiro na economia e estimular o consumo e quitação de dívidas das famílias.

Ainda não há previsão de quando a nova rodada de saques do fundo será iniciada.

A operação para liberar esse dinheiro para o trabalhador precisará passar por votação no Congresso. 

É possível que isso seja feito por MP (medida provisória), que entra em vigor logo após a publicação, mas que depende de aval dos parlamentares em até 120 dias para não perder a validade.

O FGTS foi usado em outra medida de injeção de ânimo na economia iniciada no ano passado.

Termina nesta terça-feira (31) o prazo para que trabalhadores com conta ativa ou inativa do fundo realize um saque imediato. O valor varia pode chegar a R$ 998 por conta.

  • Cidades restringem manutenção das redes de telefonia e internet durante pandemia

Para evitar panes, presidente de federação de prefeitos pede 'liberou geral' para atuação de teles.

Operando com sobrecarga, as empresas de telefonia e internet não estão conseguindo fazer instalações de emergência de antenas, cabos e fibras ópticas devido a restrições impostas por prefeituras que optaram por não acatar decisão de Bolsonaro que, por decreto, incluiu as telecomunicações como serviço essencial. 

Em alguns casos, há sinais de queda de qualidade.

O isolamento levou a um aumento médio de 40% no consumo de dados (internet) das residências nas quatro operadoras principais —Vivo, Claro, Tim e Oi— desde que o confinamento provocado pelo coronavírus começou a ser monitorado pelas teles, há duas semanas.

Os técnicos das operadoras dizem que, por sorte, o crescimento do tráfego de dados não chegou ao patamar verificado na Europa. Por isso, não há no Brasil uma situação caótica.

Se o pico de uso da rede (internet) batesse entre 150% e 200%, haveria pane. Por enquanto, o pico cresceu de 15% a 40%.

  • Projeto no Senado quer ampliar auxílio de R$ 1.200 a pais solteiros sem renda pelo coronavírus

Texto deve ser votado hoje (quarta 1º) e também prevê suspensão do pagamento de parcelas do Fies.

O projeto complementar que deve ser votado nesta quarta (1º) no Senado amplia a concessão do auxílio emergencial de R$ 600 a indígenas, pescadores artesanais, taxistas, caminhoneiros e músicos, e também prevê que pais solteiros possam receber os R$ 1.200 que serão destinados a provedores de família.

O texto também permite a suspensão do pagamento das parcelas de empréstimos do Fies (Fundo de Financiamento ao estudante da Educação Superior) no caso de estudantes que estejam com os pagamentos em dia ou com atraso máximo de 180 dias.

A proposta, de autoria do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), foi pensada para contemplar grupos que ficaram de fora do projeto aprovado na segunda-feira (30) no Senado e que está pendente de sanção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Além dos grupos acima, também poderão se inscrever para receber os R$ 600 associados de cooperativas de catadores de materiais recicláveis e de agricultura familiar, motoristas de aplicativos não abrangidos no projeto aprovado na segunda e outros profissionais que precisem dos recursos.

O texto amplia para pais solteiros o auxílio de R$ 1.200 —no projeto aprovado na segunda, as duas cotas só poderiam ser recebidas por mães solteiras. 

A proposta de Alessandro Vieira também permite que mães solteiras menores de 18 anos possam receber o benefício —na que foi votada, essa é a idade mínima para solicitar a ajuda.

  • Isolamento por coronavírus eleva preços dos alimentos em março, diz FGV

Alta generalizada reflete aumento da alimentação em domicílio.

A corrida aos supermercados para garantir estoques para enfrentar o isolamento elevou os preços dos alimentos em março, segundo a FGV (Fundação Getúlio Vargas). 

Coleta de preços feita pelo instituto indica que 20 presentes na cesta básica tiveram reajuste médio de 1,64% na semana passada, contra 0,19% no início do mês.

Responsável pela pesquisa, o economista André Braz, diz que dois fatores pressionaram os preços. 

"Além do aumento da demanda por alimentos, pois as refeições estão sendo feitas nas residências, houve aumento da estocagem de alimentos por receio de que o vírus se propague mais e expanda o período de confinamento."

De acordo com a FGV, o arroz, subiu 1,74%, contra alta de 1,17% no início do mês.

Houve também aceleração no preço dos ovos, que registraram alta de 9,04%, ante 5,04% no início de março.

Já o feijão reverteu queda com a maior procura: o carioca saiu de -2,16% para 0,58% e o preto, de -2,61% para 2,24%. 

O mesmo aconteceu com a carne bovina, que caía 2,31% e fechou a semana passada em alta de 0,25%. "Foi uma alta generalizada", diz Braz.



FOLHA DE SÃO PAULO
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