Despesa
com tratamentos para TEA em Planos de Saúde sobe 67% em cinco anos.
(Transtorno
do Espectro Autista - TEA)
Segundo dados da ANS, 89% do total de atendimentos com terapeuta
ocupacional e 83% das sessões com fonoaudiólogo foram realizados com pacientes
entre zero e 14 anos
As despesas de
consultas e sessões com fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais,
nutricionistas, fonoaudiólogos e psicólogos somaram R$ 24,8 bilhões no ano
passado, o que representa um crescimento de 9,6% sobre 2022 e de 67% em relação
a 2019, um ano antes da pandemia.
Esse incremento começou a ocorrer em 2021,
com a aprovação da lei permitindo um número ilimitado de sessões para pacientes
do espectro autista (TEA).
Segundo dados da
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), 89% do total de atendimentos
realizados com terapeuta ocupacional e 83% das sessões com fonoaudiólogo foram
realizados com pacientes entre zero e 14 anos.
Já os atendimentos com
psicólogos e fisioterapeutas foram mais utilizados pela população acima dos 15
anos, 72% e 95%, respectivamente.
Nos últimos cinco
anos, houve um incremento de 349% do total de consultas e sessões com terapeuta
ocupacional para a faixa etária de 0 a 15 anos incompletos.
A despesa média
anual com esse profissional em 2023 foi de R$ 2,2 mil, o dobro do registrado em
2019.
Após a pandemia, o
custo disparou em todo o setor de saúde, não apenas na linha de tratamentos
ligados à TEA.
Em 2023, as despesas de procedimentos médicos, pagos via plano
de saúde, somaram R$ 258,3 bilhões, o que representa uma alta de 13,6% sobre
2022 e 40% em relação a 2019, um ano antes da deflagração da covid, segundo
dados da ANS.
Do total gasto no
setor, quase a metade vem das internações. Em 2023, foram realizadas 9,2
milhões de internações hospitalares que custaram R$ 107,8 bilhões.
Esse valor
representa um incremento de 13,35% sobre 2022 e de 31,7% em relação a 2009. Já
em relação ao volume, o crescimento foi de 4,7% e 5,7%, respectivamente,
considerando os mesmos períodos.
A segunda maior
despesa assistencial foi com exames ambulatoriais.
No ano passado, foram
realizados quase 1,2 bilhão desse tipo de procedimento que demandaram custos de
R$ 49,2 bilhões, alta de 12% sobre 2022 e quase 36% em relação a 2019. No item
consultas médicas, a ANS registrou 275, 4 milhões de ocorrências, alta de 9,15%
e de 25% em relações aos períodos anteriores.
Uma das maiores altas veio de
terapias.
As despesas com
transfusão, quimioterapia, hemodiálise entre outros somaram R$ 26 bilhões, o
que representa um salto de 41%sobre 2022. Já quando comparado ao ano anterior à
pandemia, o aumento chega a quase 80%.
O que chama atenção é que o volume
desses procedimentos vem caindo. Em 2019, foram 81 milhões e no passado não
chegou a 80 milhões.
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