Piora
das expectativas.
A
economia brasileira vem perdendo o ímpeto mesmo com a reabertura do setor de
serviços e fim de boa parte das medidas restritivas lançadas no país para frear
o avanço da Covid-19 desde o começo do ano passado.
Desde
setembro, as projeções para a economia têm sido revisadas continuamente para
baixo, em meio à disparada da inflação e aumento das incertezas
fiscais após as manobras do governo para driblar o teto de gastos e
abrir espaço no Orçamento no ano eleitoral de 2022.
As
preocupações com a saúde das contas públicas, o desemprego ainda elevado e a elevação em ritmo
acelerado da taxa básica de juros para conter a inflação vêm provocando
uma redução da confiança de empresários e consumidores.
Segundo
dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC), a inadimplência subiu em novembro, para o maior patamar do ano,
com 26,1% das famílias relatando ter dívidas ou contas em atraso.
A
inflação deve fechar o ano acima de 10% e a projeção para o IPCA de 2022 foi
elevada para 5% – no limite do teto da meta do governo, de acordo com o
último boletim Focus do Banco Central.
Já para a Selic, a
previsão é que ela suba na próxima semana a 9,25% ao ano, chegando a 11,25% ao
ano em 2022. Vale lembrar a taxa básica de juros abriu o ano na mínima
histórica de 2% ao ano.
Em 2020, no primeiro ano da pandemia, a economia brasileira
registrou um tombo de 4,1%, registrando a maior contração desde
o início da série histórica atual do IBGE, iniciada em 1996, o que tirou o
Brasil da lista das 10 maiores economias do mundo.

G1