O Plano
Petros do Sistema Petrobras (PPSP), de benefício definido, está passando por um
processo de equacionamento, em função do déficit de R$ 22,6 bilhões acumulado
nos anos de 2013, 2014 e 2015. Atualizado para a data estimada de implementação
do plano de equacionamento (final de 2017), com base na meta atuarial (inflação
+ taxa de juros), o déficit do PPSP foi corrigido para R$ 27,7 bilhões.
O equacionamento é fundamental para garantir a continuidade do plano no longo
prazo, com o pagamento das aposentadorias, pensões e cumprimento de todos os
demais compromissos assumidos com os participantes. Exatamente por isso, o
equacionamento é obrigatório, conforme previsto na legislação que rege o
segmento de previdência complementar, sendo, consequentemente, uma exigência do
órgão fiscalizador do setor, a Superintendência Nacional de Previdência
Complementar (Previc).
O déficit deve ser equacionado por todos os participantes — ativos, aposentados
e pensionistas — e também pelas patrocinadoras — Petrobras, Petrobras
Distribuidora e Petros —, na mesma proporção das contribuições normais
realizadas no período de 2013 a 2015, conforme determinado na legislação.
A proposta de equacionamento do déficit do PPSP foi apresentada e aprovada pelo
Conselho Deliberativo da Petros, que conta com representantes eleitos pelos
participantes e com representantes da patrocinadora Petrobras. Após a aprovação
da instância máxima de governança da Fundação, o plano de equacionamento será
encaminhado às patrocinadoras, que, por sua vez, enviarão para análise da
Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), órgão que
fiscaliza a Petrobras e a Petrobras Distribuidora. Depois de aprovado pela
Sest, a Petros tem mais 60 dias para implementar o plano de equacionamento. A
previsão é que a cobrança das contribuições extras comece a ser feita até o fim
deste ano.
É importante ressaltar que o déficit do PPSP não tem qualquer influência sobre
o PP-2, nem sobre qualquer outro plano administrado pela Petros. Ou seja,
outros planos que estão com as contas equilibradas não têm que fazer
equacionamento.
Petros