O setor
de seguros registrou um crescimento nominal de 8% no período de janeiro a
agosto de 2016, em relação ao mesmo período de 2015. De acordo com o presidente
da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e
Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), Marcio Serôa de Araujo
Coriolano, no primeiro trimestre houve expansão de 3,63%, com aceleração para
6,98% no acumulado até junho. Segundo o executivo, a melhora dos números do
mercado de seguros, porém, ainda não reflete um ambiente econômico mais ativo,
e sim a preocupação das pessoas em proteger sua vida e seu patrimônio em
momentos de crise, e atribuiu aos números positivos do mercado, no acumulado do
ano até agosto, a melhora no desempenho do segmento de automóvel, "O seguro
de automóvel apresentou números melhores como resposta da procura por
alternativas para compensar a queda das vendas de veículos zero km como, por
exemplo, vendas de veículos usados", explicou Coriolano.
Outros
ramos como o seguro rural, o seguro-garantia, o seguro de vida e a previdência
(VGBL), principalmente os dois últimos, também têm contribuído para o
desempenho do mercado de seguros no Brasil. Contudo, uma retomada no cenário
macro, de acordo com o presidente da CNseg, só se dará este ano caso o Governo
avance nas questões das grandes obras e na reforma da Previdência. "Do
contrário, o mercado de seguros só vai reagir o ano que vem", acrescentou.
Para este
ano, Marcio Coriolano reafirmou a projeção de avanço para o setor, que arrecada
cerca de R$ 450 bilhões e soma R$ 800 bilhões em ativos, em torno dos 8,5% ante
2015.
Produto vendido majoritariamente de forma individual e
com uma concentração de aproximadamente 99% dos prêmios arrecadados em
seguradoras que fazem parte de conglomerados financeiros, a modalidade VGBL se
mantêm como grande propulsora do crescimento do mercado supervisionado pela
Susep, com variação nominal na arrecadação de prêmios de 17,8% no acumulado de
janeiro a agosto deste ano.
Segs