Burnout: 7 em 10 brasileiras se
dizem afetadas com sobrecarga de trabalho.
Segundo pesquisa divulgada em
setembro pelo Instituto Datafolha e feita a pedido da plataforma de saúde
mental Zenklub, 68% das mulheres do país se sentiram sobrecarregadas com o
trabalho durante a pandemia, contra 56% dos homens.
Segundo a psicóloga do
trabalho Maria da Conceição Uvaldo, do Instituto de Psicologia da USP
(Universidade de São Paulo), essa sobrecarga pode ser o primeiro fator que
eventualmente resulte na Síndrome de Burnout.
O termo "burnout" (do
inglês, esgotamento) surgiu em 1974 nos Estados Unidos, mas foi só de uns anos
para cá que a palavra se popularizou no Brasil.
A síndrome, que se refere à
exaustão psíquica ligada ao trabalho, ficou ainda mais forte na pandemia,
segundo especialistas ouvidos por Universa.
Os dados também mostram que as
mulheres são as mais impactadas.
A síndrome de burnout é considerada uma doença
desde 2019 pela OMS (Organização Mundial da Saúde), mas só fará parte da CID
(Classificação Internacional de Doenças) na próxima revisão da lista, lançada
em janeiro de 2022.
Após o diagnóstico, é possível tirar uma licença do
trabalho por causa da condição.
Um relatório divulgado pela
consultoria McKinsey em setembro deste ano nos Estados Unidos mostra que 42%
das mulheres afirmam se sentir esgotadas frequentemente ou quase sempre durante
a pandemia.
O índice é 10% maior do que antes da crise sanitária. Entre os
homens, o número, em 2021, foi de 35%.
O estudo entrevistou 65 mil pessoas de
423 organizações.
UOL