O número de auxílios-doença concedidos pela Previdência Social na
Capital, caiu 15% em 2017, em relação ao ano anterior. Se em 2016 foram 134,7
mil benefícios concedidos, no ano passado foram 115,6 mil. No Estado, também
houve uma diminuição, mas de 11% (de 604,9 mil para 538,7 mil no mesmo
período).
Já o número de indeferimentos (negativas) caiu de 120,9 mil para 106,4
mil, ou seja, uma queda de 12%, na Capital. Para o advogado João Badari, sócio do escritório Aith, Badari e Luchin
Advogados e especialista no assunto, os números mostram que há uma dificuldade
maior em conseguir o auxílio-doença no Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS). “Há peritos que são muito criteriosos, mas outros colocam muitos
empecilhos no caminho de quem pretende conseguir o benefício”, explicou.
O auxílio-doença é oferecido a pessoas que tenham
sofrido acidente do trabalho. Isso ocorre quando uma doença é contraída pelo
serviço à empresa, que reduz ou acaba com a capacidade para o trabalho.
O professor de Direito Trabalhista do Mackenzie
Claudinor Barbiero explicou que uma doença como depressão também pode render
benefício de auxílio-doença. “É uma moléstia que pode ser causada pelo serviço,
dependendo da função. É difícil, porque é bastante subjetivo, mas atividades
que tenham mais uso de intelecto têm mais possibilidade de causar doenças desse
tipo”, disse.
Aith Badari e Luchin Advogados