Ao
colocar em audiência pública a minuta de Resolução que trata da transferência e
compartilhamento de riscos entre as entidades fechadas e as seguradoras, a
SUSEP - Superintendência de Seguros Privados está dando o passo que faltava
para que a Resolução CNPC nº 17, de março de 2015, produza os seus tão
aguardados efeitos. É que a norma de dois anos atrás criou uma enorme
expectativa de que surgissem produtos atraentes e flexíveis o suficiente para
abrir um mercado efetivo para que os riscos sejam compartilhados. Parece
que, agora, isso se tornará possível.
“Como o
compartilhamento tende a se constituir em um fator positivo para a gestão das
entidades, muito possivelmente irá contribuir para o fomento de nosso sistema”,
acredita o Presidente da Abrapp, Luís Ricardo Marcondes Martins. De sua parte,
Antônio Fernando Gazzoni, diretor da Mercer-Gama, observa que a tendência
agora, com as providências que faltavam por parte da SUSEP, é de uma abertura
dos caminhos para que EFPCs e seguradoras possam encontrar soluções
convergentes, sempre na proteção dos interesses dos participantes, assistidos e
patrocinadoras.
Ao longo
desses anos os especialistas vêm apontando caminhos que devem ser evitados e
outros trilhados. A Abrapp, sempre atuante no debate, entre vários pontos
sempre disse ser desejável, por exemplo, não se incluir o compartilhamento no
regulamento do plano, para que assim o produto preserve a sua leveza e
capacidade de ser flexível. Enfim, evitando a burocracia, mas sem abrir mão da
segurança.
Convite
às associadas - É importante que as associadas participem da audiência pública,
enviando até o próximo dia 15 as suas sugestões para a Abrapp. O prazo
precisa ser cumprido, de maneira a termos um tempo mínimo para a consolidação
das propostas que vierem do quadro associativo e o seu envio até o dia 17 para
a SUSEP.
Na circular remetida há
dois dias às associadas, os dirigentes das entidades encontrarão link com a
íntegra da minuta, acompanhada de quadro para inclusão das sugestões.
Diário dos Fundos de Pensão