O Presidente da
Abrapp, Luís Ricardo Marcondes Martins, abriu ontem o 38º Congresso Brasileiro
da Previdência Complementar Fechada, em São Paulo, lembrando tratar-se do maior
evento desse tipo no Mundo. Na sequência, saudou algumas importantes presenças,
chamando a atenção entre elas do Sindapp, ICSS e instituições como a Previc e a
SRPC. Sublinhou ainda a presença de ex-presidentes como José Ribeiro Pena Neto
e José Mendonça,
Salientou a
energia que se percebe no público que lotava o auditório e que dá forças ao
sistema para buscar o seu fomento. Registrou que o Brasil tem um sistema
sólido, que cumpre as suas promessas, apenas precisa se renovar para
reencontrar o caminho de seu crescimento.
“Estamos falando
de uma nova previdência complementar fechada, com planos simples e flexíveis e
entidades desoneradas”, resumiu Luís Ricardo.
O modelo
previdenciário brasileiro precisa ser repensado de forma estrutural, composto
por uma previdência social equilibrada e uma previdência complementar fechada
devidamente fomentada, acrescentou em sua fala na abertura dos trabalhos.
Enalteceu o
papel da poupança previdenciária tanto para o indivíduo quanto para o País e
defendeu o seu fomento. Reclamou por isso a valorização de uma visão
estratégica. Quando ela se impor o País será capaz de entender que uma
previdência complementar fechada é capaz tanto de assegurar uma renda digna na
aposentadoria quanto a construção de uma economia próspera através de
investimentos estáveis de longo prazo. Infelizmente, no entanto, lembrou, o
Brasil ainda poupa pouco, comparando com outros países cuja riqueza o mundo
admira.
Falou em seguida
do lançamento, que irá acontecer durante o 38º Congresso, de um fórum
coordenado pela FIPE em defesa do crescimento da poupança previdenciária.
Adiantou que
alguns avanços pontuais estão a caminho: como a extensão do plano
instituído para familiares até o terceiro grau; o Programa de Gestão
Administrativa por Entidade dando-lhe capacidade de investir em seu
crescimento; o CNPJ por Plano para maior segurança jurídica; iv)
flexibilidade e simplificação da Resolução CMN 3792, que rege os investimentos.
Outras propostas
de maior impacto continuam sendo trabalhadas com toda energia: inscrição
automática e propostas de alterações tributárias apresentadas por parlamentares
por inspiração da Abrapp. São ao todo 7 projetos de lei, todos amparados em
sólido estudo técnico preparado pelo Instituto Brasileiro de Economia da
Fundação Getúlio Vargas, uma instituição de reconhecido saber e enorme
prestígio acadêmico.
Com tanto a
dizer ao País, o nosso maior evento terá as suas conclusões anunciadas ao final
do terceiro dia, na “Carta do 38º Congresso Brasileiro da Previdência
Complementar”. Documento que contará com a adesão de nosso compromisso e força
para induzir novas atitudes.
“O sistema já
passou antes por vários momentos em que precisou encontrar respostas para
difíceis desafios. E elas foram dadas. Afinal, ontem como hoje, sobra-nos força
coletiva”, acrescentou.
E finalizou
observando que “nos anima também a mais plena certeza do extraordinário
potencial que a previdência complementar fechada tem à sua frente. As
possibilidades de crescimento de dois segmentos em particular, o dos
instituídos e o dos servidores públicos, é algo que já se impõem, mas estamos
trabalhando e vamos seguramente encontrar outras formas de o sistema voltar a
crescer aceleradamente”.
Abrapp